CBF já “ignorou” erro do VAR em lance parecido com polêmica da rodada

Tricolor Paulista teve gol anulado pelo VAR mesmo após reinício do jogo contra o Ceará. Comentarista de arbitragem vê “erro de direito”

A arbitragem do futebol brasileiro segue com muitas críticas. Nesta quarta-feira (25), o São Paulo teve um gol polêmico anulado na rodada do Brasileirão. Pablo marcou contra o Ceará, o juiz validou o lance, deu reinício da partida, porém, segundos depois, voltou atrás e anulou o lance.

De acordo com comentarista de arbitragem da TV Globo, Salvio Spínola relembrou a regra que invalida a decisão do árbitro. “Wagner Magalhães autorizou a saída da bola no meio do campo, confirmou o gol e a equipe do Ceará deu o tiro de saída. A bola se movimentou e entrou em jogo. O que diz a regra? O árbitro não pode voltar atrás de uma decisão técnica depois que o jogo reiniciou. O jogo reiniciou”, comentou durante Ceará x São Paulo.

Além disso, o comentarista da Globo relembrou um caso parecido no Brasileirão do ano passado. Palmeiras e Botafogo se enfrentaram em 2019, o juiz viu obstrução de Deyverson, autorizou a cobrança de falta do time carioca, mas logo voltou atrás e marcou pênalti para a equipe paulista.

“A gente pode lembrar do famoso jogo do ano passado entre Palmeiras e Botafogo, o lance do Deyverson que foi até para o tribunal, o tribunal julgou, e o árbitro argumentou que por ser cartão amarelo, como está na regra, ele não tinha apitado autorizando o reinício do jogo”, comentou Sálvio.

Na época, o presidente do Botafogo falou sobre o erro do lance. “Eu não quero entrar no mérito se foi pênalti ou não, quero discutir a regra cinco. Não quero discutir se foi ou não pênalti. É uma questão de cada um. Estamos colocando os pontos de vista que achamos corretos. Existem os órgãos que vão analisar e é isso que eu vejo”, disse Nelson Mufarrej, presidente do Botafogo na época, à ESPN.

Palmeiras ganhou na Justiça da CBF. Por quê?

Em um trecho das regras da CBF, o documento reitera que uma partida não pode ser invalidada por quatro situações como: defeito na tecnologia do VAR, decisão de não revisar um incidente, revisão de uma situação não-revisável e, por último, decisão errada envolvendo o VAR, fator que pode ser aplicado ao contexto da partida de sábado.

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