Calendário, desfalques e culpa para Tite: times brasileiros seguem sendo desfalcados pela Seleção
Seleção começa a se apresentar ao treinador para jogos das Eliminatórias
Foto: Alexandre Vidal/Flamengo
Seleção começa a se apresentar ao treinador para jogos das Eliminatórias
O técnico Tite começou a receber na última segunda-feira (8) os jogadores que representarão a Seleção Brasileira para os dois próximos jogos das Eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2022 e mais uma vez aparece como um vilão para vários torcedores.
O treinador convocou quatro jogadores de clubes brasileiros para os confrontos contra Venezuela, dia 13, e Uruguai, dia 17 de novembro, no Morumbi e em Montevidéu, respectivamente. Foram chamados Éverton Ribeiro e Pedro, do Flamengo, e Weverton e Gabriel Menino, do Palmeiras.
Os quatro desfalcarão suas equipes jogos de ida das quartas de final da Copa do Brasil. O Palmeiras enfrenta o Ceará, na quarta, às 16h30, enquanto o Flamengo encara o São Paulo, no mesmo dia, às 21h30.
Com os chamados, Tite acaba se tornando vilão para a maioria das torcidas, que o veem como o responsável por desfalcar suas equipes em meio às mais variadas disputas, tanto do Brasileirão quanto da citada Copa do Brasil e até mesmo da Libertadores.
O problema, na verdade, é que Tite já falou que não gostaria de desfalcar os times brasileiros, tendo cobrado a CBF em 2019 sobre o assunto durante entrevista coletiva.
“Quando a seleção joga, não tinha que ter jogo de time. Continuo convicto. Isso, para mim, não vai mudar ao longo do tempo. Eu faço as convocações e faço com bastante pesar. Porque eu não queria. Continuo com a mesma opinião. Eu sei que o Manoel Flores [diretor de competições da CBF] está tentando ajustar. Mas vocês sabem mais que eu e eu não quero entrar nestes aspectos. Mas esse problema aconteceu com todos os clubes, quase todos os clubes.”
A CBF tomou uma medida no fim do ano passado de não marcar jogos da Seleção no mesmo dia de rodadas do Brasileirão, mas o calendário voltou a ser um problema com a pandemia do novo coronavírus, que modificou mais uma vez os planos.
A discussão sobre as datas tem sido cada vez mais recorrente e caminha para se tornar um imbróglio entre clubes e a entidade máxima do futebol brasileiro.
