O atual presidente do Atlético, Sérgio Sette Câmara, declarou ontem em entrevista coletiva que não disputará mais a reeleição. Após expressar publicamente o desejo de seguir no cargo, mudou de ideia e falou em tom de despedida da cadeira presidencial.
Para muitos, o desgaste político enfrentado ao longo dos últimos três anos de gestão teria sido o principal motivo para a mudança de rota. Além disso, a falta de apoio dos principais investidores e questões ligadas a saúde fizeram Sette Câmara repensar o tema.
“Senti que poderia haver algum tipo de embate político se eu eventualmente viesse a insistir na minha reeleição. Isso poderia prejudicar o clube também. O Atlético em primeiro lugar. Nós temos que estar aqui em paz. Para dar continuidade a esse trabalho, é necessário que o Atlético esteja em paz. Esse é um ponto extremamente importante, porque um clube que vive numa turbulência política, queira ou não, acaba de alguma maneira contaminando o departamento de futebol, os jogadores, a torcida, a imprensa”, afirmou.
“Esses três anos me consumiram demais, inclusive a própria saúde. O que eu tive de problema de saúde durante esses três anos não está no gibi. O Atlético consome quem está aqui. Você, às vezes, passa a noite sem dormir. Não é possível administrar a sua vida pessoal durante o período em que você está aqui com a tranquilidade que outras pessoas têm”, completa.
“Eu optei, depois de refletir bastante, em não sair para a reeleição. Acho que teria todos os predicados e méritos e, se quisesse, poderia sim sair (como candidato) e ganharia, porque acho que fiz um excelente trabalho, e o conselho do Atlético reconhece isso. Mas eu preciso cuidar da minha vida profissional, da minha família”, concluiu.
No dia 11 de dezembro o Atlético irá definir o seu novo presidente para os próximos três anos (2021 a 2023). O nome favorito ao pleito é o do empresário Sérgio Batista Coelho, que conta com apoio do grupo político formado pelos investidores Rafael e Rubens Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador.
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