Sexto Gre-Nal da temporada, neste sábado, representa um grande desafio ao Inter de Eduardo Coudet
Em live realizada na noite desta quinta-feira com o perfil “Bagaceiro Colorado”, no Instagram, o ex-volante do clube, Claiton, que foi do elenco profissional entre 1998 e 2003, pediu uma postura diferente para o Inter no Gre-Nal deste sábado, 17h, na Arena, pelo Brasileirão.
Claiton, vale lembrar, foi titular no fatídico Gre-Nal de fevereiro de 2003, com vitória de 2×1 no Olímpico, onde o Inter quebrou um jejum de 13 clássicos e quatro anos sem vitórias. Atualmente, o jejum é de 10 partidas, sendo cinco apenas em 2020.
Quem é eu não sei hahaha, mas é esse ai na foto com Diego e Clayton. pic.twitter.com/EFFH1u6CJE
— Informativo Inter (@Infos_Inter) August 27, 2020
Separamos, abaixo, as principais declarações do ex-volante do Inter:
Maneira de perder os Gre-Nais:
“O que a gente tem visto é o Inter aceitando a derrota e incomoda a torcida a maneira de perder. Eu conversei com um jogador do time atual e falei exatamente isso. Falei que nós, ex-jogadores, também sofremos na rua. Você até pode perder no futebol. Você empata, perde, ganha. Mas não pode perder como tem perdido os Gre-Nais. Não pode levar 1×0 e não ter reação. Não pode perder de 1×0 e dar passe pra trás, pro lado, sem reação. Isso não pode ser. Queremos o contrário”.
Falta de aproveitamento dos jovens que ganharam a Copa SP em 2020:
“Quando ganhamos a Copa São Paulo em 98, eu subi e vários ali subiram. Nem todos vingaram, mas todos tiveram chance de jogar no profissional. Eu me assusto quando vejo Musto, quando vejo Marcos Guilherme e não vejo os guris que foram campeões da Copinha esse ano jogar. Tinha o Cesinha, o Matheus Monteiro que era jogador de drible, e não jogam. O Pato foi pra Ponte Preta. Jogaram agora os laterais na Libertadores, mas tu vê que sentiram o ritmo de jogo. Por que? Porque não estão jogando nem na base”.
Elenco atual do Inter:
“O Inter não tem jogador que dê um drible. Um jogador de velocidade. Do 1 pra 1. Não é possível não ter um jogador assim no grupo, eu fico impressionado. O único que tenta é o Patrick. Sei que é criticado, mas é quem tenta fazer algo diferente no ataque. Esses meninos do Grêmio que estão subindo, eles perderam pro Inter na final. Alguma coisa está errada. São coisas que eu não entendo, mas eu estou de fora. De repente os guris não conseguem treinar bem. Eu não aguento mais ver alguns atletas vestindo a camisa do Inter. Precisamos mais”.
Provocações:
“A gozação faz parte. O D’Alessandro fez por muito tempo, o Sasha fez a valsa. Mas a gozação tem que doer. Tem que deixar indignado. Ganhar é bom e perder é ruim. Eu mesmo não aceito perder e o meu filho sabe disso. Isso que o Maicon faz, que os outros fazem, é legal, estão ganhando. O Inter é que não está conseguindo reagir para fazer as provocações também”.
Chance de virada:
“Os jogadores do Inter precisam entender que sábado é uma oportunidade. Uma chance de virar a chave, uma chance de dar a virada. Porque se ganhar, o Grêmio já fica lá atrás no Brasileirão e em crise”.
Salários altos e futebol atual:
“Eu joguei a Copa São Paulo em 98, subi pro profissional, joguei o Gauchão, aí o Celso Roth caiu e veio o Cassiá. Joguei todo o Brasileirão de 98 como titular ganhando R$ 1.200 de salário. Não tinha nem carro. Quando o jogo era no Beira-Rio, eu esperava todo mundo ir embora e às vezes ia até de ônibus ou de táxi. Eu, o Diogo Rincón, o Barão, essa turma boa que a gente tinha. Hoje, se tu vai em Alvorada, no CT da base, é só carrão no estacionamento. Só carrão. Nada contra. Tomara que o futebol siga pagando mais, mais e mais. Mas esses guris precisam subir com muita sede e vontade pro profissional”.
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