Nova licitação deve realizar contratações em janeiro de 2021, até lá atividades da pasta estarão paradas
De acordo com reportagem do UOL, uma crise eclodiu na secretaria especial de esporte do governo. Dois terços das pessoas que trabalhavam lá foram desligadas. O fato aconteceu quando o ministro da Cidadania, Onix Lorenzoni (DEM), decidiu que não renovaria o contrato que fornecia funcionários terceirizados para o antigo Ministério do Esporte.
Parte deles tinha sido deslocada para outras áreas do ministro da Cidadania, quando houve a fusão entre os Ministérios. Agora, a pasta informou que o número total de demitidos são 524 pessoas. Os profissionais eram terceirizados da empresa Brasfort Administração e Serviços Ltda, que venceu licitação em 2015 e assinou contrato por 60 meses.
Como o Brasil está em estado de emergência devido à pandemia do Coronavírus, o governo federal pode renovar esses tipos de contrato por mais seis meses. A reunião da Secretaria Especial de Esporte junto da executiva do Ministério da Cidadania optou pela não prorrogação do vínculo.
Demissões na secretaria
Somente do Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte (DIFE), que cuida da lei de incentivo ao esporte, foram dispensadas 42 pessoas. No total, 50 colaboradores trabalhavam no setor, apenas oito ficaram, seis em cargo de chefia. Ou seja, não há ninguém para avaliar os processos apresentados ou para fazer análise as prestações de contas.
A expectativa da atual gestão era zerar a fila de espera e a fechar o ano com uma performance nunca vista em outros anos. Agora o cenário muda. “Muitos projetos ficarão sem análise, sem poder captar em 2020 e os que estão em execução enfrentarão problemas e até terem que ser interrompidos”, declarou Ana Moser, presidente do Instituto Esporte Educação que atende cinco mil alunos e professores das redes municipais de ensino graças a recursos captados pela lei de incentivo ao Esporte.
A tendência é o esporte parar de acordo com as pessoas de dentro da secretaria. A área que cuida do Bolsa Atleta perdeu 16 funcionários, permaneceram apenas dois. Muito provavelmente o pagamento para os atletas serão suspensos, porque não há quem opere as transações. Há especulações do que acontecerá no departamento que as entidades que cumpriam ou não a Lei Pelé, dos 18 funcionários ficou uma colaboradora.
TCU
Um relatório do Tribunal de Contas da União (TSU) apontou o quadro de terceirizados era cinco vezes maior que a dos servidores de carreira e 2,6 vezes maior que o total de servidores em cargos efetivos. Para a equipe de auditoria do tribunal registrou o risco de terceirizados estariam realizando atividades de atribuição exclusivamente dos Servidores Públicos.
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