Presidente do Paysandu se diz surpreso com pedido de demissão de Hélio dos Anjos: “não era esperado”
Ricardo Gluck Paul apontou três razões para que o treinador pedisse demissão do clube alviceleste
Ricardo Gluck Paul apontou três razões para que o treinador pedisse demissão do clube alviceleste
Criticado pela torcida bicolor após a saída do técnico Hélio dos Anjos, o presidente do Paysandu, Ricardo Gluck Paul, fez um longo pronunciamento para explicar o pedido de demissão do treinador.
De acordo com o mandatário, pelo menos três motivos foram decisivos para a saída do profissional. O primeiro deles é a pressão interna por melhores por melhores resultados.
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Na visão de Gluck Paul, torcida, imprensa e diretoria cobraram mais vitórias da equipe alviceleste. “Pós-quarentena, o Paysandu vem com números que justificavam o ambiente de cobrança na Curuzu”, argumentou o presidente do Paysandu.
O segundo é uma possível interferência do Departamento Médico (DM) alviceleste no que tange à escalação do jogador Nícolas.
A terceira e última razão é uma suposta ida do clube alviceleste ao mercado da bola a fim de contratar um profissional para substituir Hélio dos Anjos.
Leia a seguir os assuntos da entrevista coletiva do presidente do Paysandu, Ricardo Gluck Paul:
Pedido de demissão do Hélio dos Anjos
“Foi um pedido de demissão por parte dele que me surpreendeu hoje de manhã. Não era algo esperado”.
Razões para conceder entrevista coletiva
“Primeiro fato é não cometer erros do passado. Eu, no ano passado, com o (João) Brigatti (treinador do Paysandu em 2019), adotei uma postura que já disse que me arrependi: ter combinado versão de desligamento. A partir disso, falei: ‘vamos trabalhar com verdade’. A torcida do Paysandu merece saber e doa a quem doer. E quando falo isso eu me incluo. Não mando recado para ninguém”.
“Segundo ponto é ver o rumo da interpretação equivocada de algumas falas do professor Hélio e algumas conclusões equivocadas por parte de algumas pessoas que tenho acompanhado na rede social. E eu devo sim satisfação para minha torcida e para ela que vou falar”.
Trabalho do treinador e contratações
“Fizemos um ano e quatro meses em cima de um projeto que nós construímos juntos. E teve o projeto 20/20 que mirava o campeonato estadual e o acesso para Série B”.
“Foi o treinador mais longo da história do Paysandu desde 2013 pra cá. Não houve uma contratação que não foi avaliada pelo Hélio e pela diretoria de futebol”.
Cobrança interna
“Ele (Hélio) disse que estava incomodado com a minha cobrança e com o ambiente de que todos eram técnicos do Paysandu. E eu falei que sou presidente do Paysandu. E cobro do porteiro ao técnico”.
“Eu disse que concordava com ele, no sentindo de todos terem virado técnico de futebol. Agradeço ao professor Hélio pelo que chamo de primeira etapa do planejamento. Mas futebol a gente olha também pra as datas mais próximas. E pós-quarentena, o Paysandu vem com números que justificavam o ambiente de cobrança na Curuzu”
Ambiente pesado
“Veio depois da goleada. Paysandu ganha de 6 a 1. E sou surpreendido por uma entrevista desastrosa. Ele diz que não gostou da cobrança. Depois ele fala das contratações. O que na minha visão não é local para discutir. E a unica coisa que eu me furto e ele foi cobrar a contratação de zagueiro”.
Suposta interferência na escalação e contratação de outro técnico
“O ponto principal foi dizer que, nesse ambiente hostil, de cobrança, que tentaram tirar o Nícolas de campo. Ele disse para o elenco que iriam contratar um treinador do lugar dele. Fiz uma reunião”.
“Falei sobre o fato de lavar roupa com a imprensa, sendo que ele disse que tentaram tirar o Nícolas de campo. Eu digo: ‘Quem foi? Se você me disser que foi o Felipe, ele está demitido nesse momento. Se for alguém do Departamento Médico (DM), está desligado, ou fisioterapeuta também está desligado'”.
“E o Hélio me disse que o filho (Guilherme dos Anjos, auxiliar-técnico) ouviu que o Felipe teria dito que estariam esticando a corda do Nícolas. E o Felipe disse que não falou isso. Mas admiti que isso teria sido dito”.
“Eu disse que não vejo problema nenhum nisso. E é natural um diretor se preocupar com isso. Eu preciso que me traga situações relevantes para justificar que tentaram tirar o Nícolas de campo”.
“Talvez na cabeça dele pensaram que estivéssemos armando para tirá-lo do Paysandu. Mas não preciso torcer para o Paysandu perder o jogo para mandar técnico embora. Até porque já tiramos técnico invicto do Paysandu. Foi uma semana onde o técnico se sentiu pressionado a ponto de imaginar uma situação dessa”.
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