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Fluminense joga o suficiente para vencer um Corinthians completamente inerte e passivo; confira a análise

Na coluna PAPO TÁTICO, Luiz Ferreira destaca a vitória do Tricolor das Laranjeiras sobre o Timão neste domingo (13)

Por Luiz Ferreira em 13/09/2020 19:46 - Atualizado há 4 anos

Lucas Merçon / Fluminense FC

Na coluna PAPO TÁTICO, Luiz Ferreira destaca a vitória do Tricolor das Laranjeiras sobre o Timão neste domingo (13)

O resultado do jogo deste domingo (13), no Maracanã, pode até fazer com que os mais desligados pensem que a partida contou com alguma emoção. Não se engane, meu caro amigo. O Fluminense fez jogo não mais do que correto e fez o suficiente para derrotar um Corinthians completamente dominado pela passividade e pela inércia. A equipe comandada (interinamente) por Dyego Coelho só começou a incomodar mais quando o Tricolor das Laranjeiras diminuiu o ritmo e se fechou no seu campo. E foi só. Muito pouco para quem prometia uma retomada após a saída conturbada de Tiago Nunes nos últimos dias e para quem começa a flertar perigosamente com a parte de baixo da tabela do Campeonato Brasileiro. O time de Odair Hellmann foi sim melhor e mereceu o resultado positivo. Já o Corinthians precisa repensar muita coisa. A começar pela irritante pasmaceira de seu elenco.

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A partida começou com o Fluminense se impondo pra cima do Corinthians e buscando as jogadas pelo lado direito, com as boas subidas de Calegari no espaço aberto por Michel Araújo. Não por acaso, o primeiro gol tricolor (e de Nenê) saiu de um cruzamento do camisa 31 (que foi um dos melhores em campo na humilde opinião deste que escreve). O escrete comandado por Odair Hellmann ocupava bem os espaços e contava com uma inércia impressionante do seu adversário. A situação não melhorou nem mesmo quando Dyego Coelho sacou Ederson para a entrada de Everaldo aos 17 minutos do primeiro tempo. O Corinthians simplesmente “aceitava” o resultado e não encontrava meios de superar a defesa tricolor. As únicas chances de gol do escrete do Parque São Jorge só saíram a partir das bolas levantadas na área e dos chutes de Otero. Nada além disso. O jogo era todo do Fluminense.

Interessante notar que o garoto Calegari foi um dos jogadores mais acionados pelo meio-campo tricolor em toda a partida. O camisa 31 foi uma das principais armas ofensivas do time de Odair Hellmann em toda a partida além de não ter comprometido na marcação. O jovem de Xerém, no entanto, sentiu muito a falta de alguém com quem pudesse trabalhar mais as jogadas pelo seu lado, já que Michel Araújo aparecia pouco por ali (ponto que explica a saída do uruguaio para a entrada de Luís Henrique já na segunda etapa). O Corinthians, por sua vez, seguia com sua passividade na partida. É verdade que as entradas de Mateus Vital, Camacho e Ramiro melhoraram um pouco o desempenho da equipe de Dyego Coelho, mas o Fluminense se fechava bem na sua defesa depois de ter feito mais alguns minutos de marcação alta e pressão na saída de bola do seu adversário no Maracanã.

Aos poucos, o time do Fluminense foi cansando e trazendo seus jogadores para o campo defensivo. Nenê, Hudson, o próprio Calegari e Dodi diminuíram o ritmo e o Corinthians foi encontrando mais espaços para tentar criar alguma coisa. E a situação do Fluminense só não piorou porque Everaldo teve gol (muito bem) anulado e a arbitragem viu toque de mão de Bruno Méndez dentro da área (após mais uma jogada de Calegari pela direita). Nenê fez o segundo dele, mas o panorama da partida pouco mudou. O Corinthians mantinha a bola no campo de ataque, mas sem conseguir ser contundente. Isso até a (tola) expulsão de Danilo Barcelos após entrada feia em Michel. Três minutos depois, Otero faz cruzamento da esquerda, Gil ajeitou e Mateus Vital apareceu no meio da zaga tricolor para marcar o gol de honra do Corinthians. E foi só isso mesmo. Nada mais aconteceu no Maracanã.

O Fluminense deve sim comemorar os três pontos conquistados no Maracanã. Por outro lado, o técnico Odair Helmann deve repensar algumas coisas. A principal delas é a mania de recuar após marcar um gol. Tudo bem que seu elenco vem sentindo o cansaço por conta da maratona de jogos, mas essa estratégia já se mostrou extremamente temerária em outras situações. Sorte dele e de todo o elenco tricolor que o Corinthians estava completamente passivo em campo. E nem há como culpar Dyego Coelho. O treinador interino do Timão fez o que pôde para tentar dar mais intensidade à sua equipe. Houve quem pensasse que as coisas poderiam melhorar depois da saída de Tiago Nunes, mas o que se viu foi um time sem criatividade e sem confiança. Enquanto isso, mesmo sem jogar tão bem, o Fluminense mostrava muito mais vontade de atacar e de vencer do que seu adversário.

Casagrande falou uma coisa muito certa na transmissão da TV Globo: o Corinthians está entrando numa situação esquisita e pode se complicar demais nesse Campeonato Brasileiro. Não pela derrota em si, mas pela maneira como perdeu. Certo é que o Fluminense fez o suficiente para vencer. Já o Timão precisa colocar a cabeça no lugar e “trocar o pneu do carro com ele andando”. O substituto de Tiago Nunes terá muito trabalho.

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