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Neymar admite erro em expulsão, mas cobra que Álvaro González seja punido: “Temos que dar um basta no racismo”

De cabeça mais fria, Neymar se manifestou sobre o caso de racismo que sofreu no duelo contra o Olympique de Marselha

Por Bruno Romão em 14/09/2020 14:42 - Atualizado há 4 anos

Reprodução

De cabeça mais fria, Neymar se manifestou sobre o caso de racismo que sofreu no duelo contra o Olympique de Marselha

Em depoimento compartilhado nos stories, Neymar avaliou tudo que viveu no duelo entre PSG x Olympique de Marselha. Na partida, ele alegou veementemente que sofreu racismo do zagueiro Álvaro González, mas a arbitragem não tomou nenhuma atitude. Posteriormente, por ter dado uma tapa na cabeça do defensor adversário, o camisa 10 foi expulso, conduta que o atleta admitiu ter sido equivocada.

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Porém, o brasileiro reforçou que o racismo precisa ser combatido. Diante disso, acredita que o espanhol, que teria lhe chamado de “macaco filho da p…”, precisa sofrer as consequências do seu ato, dando um basta no preconceito.

“No nosso esporte as agressões, insultos, palavrões, são do jogo, da disputa. Não dá para ser carinhoso. Entendo esse cara em parte, faz parte do jogo, mas o preconceito e intolerância são inaceitáveis. Eu sou negro, filho de negro, neto e bisneto de negro. Tenho orgulho e não me vejo diferente de ninguém. Ontem em queria que os responsáveis pelo jogo (árbitro e auxiliares) se posicionassem de modo imparcial e entendessem que não cabe tal atitude preconceituosa”

“Deveria ter ignorado? Não sei ainda. Hoje com a cabeça fria respondo que sim, mas oportunamente eu e meus companheiros pedimos ajuda aos árbitros e fomos ignorados, esse é o ponto! (…) Aceito minha punição porque deveria ter seguido no caminho da disputa limpa do futebol. Espero, por outro lado, que o ofensor seja punido. O racismo existe, mas temos que dar um basta, não cabe mais. Chega! O cara foi um tolo, eu também por me deixar ser atingido“, afirmou.

REENCONTRO COM GONZÁLEZ

Por fim, Neymar acredita que o movimento contra o racismo não pode gerar mais violência. Além disso, projetou que seu reencontro com González será apenas na bola, reiterando que o zagueiro sabe o erro que cometeu.

“Estar no centro dessa situação ou ignorar um ato racista não vai ajudar, eu sei, mas pacificar esse movimento antirracismo é obrigação nossa para que o menos privilegiado recebe naturalmente sua defesa. Vamos nos encontrar novamente e vai ser do meu jeito, jogando futebol. Fica na paz! Fica em paz! Você sabe o que falou… Eu sei o que fiz! Mais amor ai mundo“, finalizou.

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