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Hélio dos Anjos: “não gostei da personalidade da minha equipe no jogo”

Técnico do Paysandu avaliou que o time bicolor, mesmo jogando em casa, foi abaixo do esperado na hora de atacar a Jacuipense.

Por Octávio Almeida Jr em 10/09/2020 04:09 - Atualizado há 4 anos

Jorge Luiz/ascom Paysandu

Técnico do Paysandu avaliou que o time bicolor, mesmo jogando em casa, foi abaixo do esperado na hora de atacar a Jacuipense.

O técnico do Paysandu, Hélio dos Anjos, reprovou o comportamento do time em campo, na derrota por 2 a 1 contra a Jacuipense, em pleno estádio Curuzu, na noite desta quarta-feira (9). Para o comandante alviceleste, a equipe deixou a desejar, principalmente na hora de atacar o adversário nordestino.

“Pesou a gente jogar futebol. Pesou a gente bater no peito, falar ‘somos campeões paraense e hoje, aqui, vamos jogar tudo aquilo que temos condições de jogar’. Eu não gostei da parte ofensiva da minha equipe”, iniciou Hélio dos Anjos.

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“Mobilidade ofensiva horrível, sem penetrações. A melhor penetração que nós estávamos fazendo, infelizmente, o PH até sentiu na jogada, que foi muito bem desenhada pela movimentação dele e pelo passe que recebeu”, acrescentou.

“Não gostei e estou preocupado. Acho que, dentro da nossa ótica de ver futebol, se você não tiver uma concentração maior e assumir mais as funções, você vai lamentar. Eu vejo que nós, hoje, ofensivamente, não incomodamos o adversário como poderíamos”, analisou o técnico do Paysandu.

“O adversário, em um lance isolado do primeiro tempo, onde estávamos com seis jogadores na zona, fizemos um pênalti bobo. Da intermediária defensiva até o gol do adversário, fomos muito pouco. Tão pouco que o nosso centroavante não teve praticamente nenhuma chance de definir qualquer jogada. Isso me preocupa e estou angustiado com isso”, externou.

“Se tiver muita calma, fica passivo. Acho que faltou a gente assumir as rédeas do jogo ofensivo, apresentar a mobilidade que temos condições de apresentar. Faltou, mesmo, a lucidez, mas não em termos de último passe, de definição, porque nós não criamos chances para definir”, declarou.

Veja galeria de imagens de Paysandu 1-2 Jacuipense:

“O goleiro adversário pegou muito pouco na bola em defesas. Nós que falhamos. Falhamos no primeiro gol. Falhamos em não articular jogadas ofensivas. Falhamos no segundo gol. Não fizemos nada para sair daqui com um resultado melhor”, prosseguiu Hélio dos Anjos.

‘Sinal laranja’: time muito perto da zona de rebaixamento na Série C

O Paysandu caiu para o 8° lugar após o resultado. Com quatro pontos em cinco rodadas, o clube paraense tem dois jogos a mais que os atuais integrantes da zona de rebaixamento: Imperatriz (9° colocado com um ponto) e Treze-PB (último colocado com nenhum ponto).

“(Estar perto da zona de rebaixamento) é visto totalmente fora do contexto do qual trabalhamos. Totalmente. Não tem sequência de jogos. Hoje foi o nosso 12º jogo. Não tem sequência, não tem desgaste. Qual maior motivação do que termos sido campeões no domingo?”, perguntou Hélio dos Anjos.

“Hoje, jogando dentro da Curuzu, a gente tem que bater no peito e não deixar o adversário pensar aqui dentro. Isso é questão de personalidade. Não gostei da personalidade da minha equipe no jogo. Não gostei”, reforçou.

Leia a seguir outros assuntos da entrevista coletiva de Hélio dos Anjos depois de Paysandu 1-2 Jacuipense:

Explicações pra derrota

“Derrota não tem explicação. Derrota é derrota. Muitas vezes a vitória você tem explicação. Derrota você vai explicar o que? Nós fomos mal e a responsabilidade é minha. Mas não quero ficar assumindo a responsabilidade por derrota porque não vai mudar nada. O que tem que mudar é acontecer as vitórias e, aí, a responsabilidade é dos jogadores”.

Problemas ofensivos

“Não tivemos lucidez. A lucidez da equipe, do meio para frente, passa por três jogadores de mobilidade em função do centroavante e dois jogadores vindo de trás pelas laterais, no caso, os nossos dois laterais. Não tivemos a lucidez nem vindo de trás nem no ponto de criatividade da equipe. Aí que eu falo: falta penetração, falta entrada na grande área. Até tivemos posse de bola, mas uma posse inútil, em que não criamos dificuldade para o adversário”.

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