Volante ex-Grêmio é acusado de abandonar ex-funcionário preso na Rússia
O caso do motorista Robson, que está preso na Rússia após levar um medicamento ilegal no país a pedido do sogro do volante Fernando, ex-Grêmio e campeão da Copa das Confederações pela Seleção Brasileira, em 2013, ganhou mais capítulos nos últimos dias.
Conheça a Bet4Plus e experimente fazer uma aposta esportiva grátis, sem necessidade de depósito
[DUGOUT dugout_id=eyJrZXkiOiJ2Z1l1aWt4SCIsInAiOiJ0b3JjZWRvcmVzIiwicGwiOiIifQ==]
Isso porque a prisão de Robson completou 560 dias no mesmo dia em que Fernando resolveu o jogo de sua equipe, o Beijing Guoan, da China, com dois gols. O clube chinês o contratou poucas semanas após o caso se tornar público.
Acusado de não ajudar Robson e de abandonar o ex-funcionário na Rússia desde que foi à China, Fernando tem sido constantemente atacado nas redes sociais. O jogador, inclusive, havia abandonado seu Instagram em 2018, logo após a polêmica estourar como uma bomba.
Mas na quarta-feira (30), o atleta reativou sua rede social e publicou dez fotos com um texto em que tenta se explicar sobre o caso.
Segundo Fernando, a mídia manipulou suas entrevistas e de seus advogados. O jogador afirma que tem ajudado Robson desde o início do caso e arca com as despesas dos advogados, além de enviar dinheiro para a compra de mantimentos para o motorista.
“Preferi não falar por algum tempo publicamente porque em todas as vezes que me coloquei à disposição, sem exceção, tive as informações que forneci manipuladas, omitidas e distorcidas por interesses que não eram o de mostrar ao público o que houve de forma imparcial”, escreveu o jogador, que admitiu posteriormente que os remédios são de seu sogro, Willian, e que a questão de Robson é “mais complexa” do que as pessoas imaginam.
“Ninguém imaginaria que a medicação fosse proibida na Rússia. Peço a vocês para citarem um só motivo aceitável que me levaria a premeditar uma coisa dessas, a arruinar a vida de um inocente e prejudicar a minha própria carreira. O que eu teria a ganhar com isso?”, seguiu.
“Estou fazendo o que está ao meu alcance para ajudar o Robson a provar sua inocência, mas a questão é extremamente complexa e precisa de um envolvimento, de uma força maior, no caso a do governo brasileiro. Tentei entrar em contato diretamente com deputados, senadores, mas não obtive êxito. Por isso, convido vocês a realizarmos também um movimento para entrar nas redes sociais do presidente Bolsonaro e de outras autoridades brasileiras pedindo para que elas intervenham efetivamente no caso do Robson.”
Leia abaixo ao desabafo completo de Fernando em seu Instagram:
https://www.instagram.com/p/CFxvRXRg4co/
O caso
O motorista Robson Oliveira foi contratado pela família de Fernando junto de sua esposa para trabalhar na Rússia, quando o atleta defendia o Spartak Moscou, e embarcou do Rio de Janeiro para a capital local.
A pedido de Willian, sogro de Fernando, Robson levou consigo um medicamento chamado Mytedom 10mg (cloridrato de metadona), que é proibido na Rússia, mas liberado no Brasil.
Flagrado com o remédio, foi preso após um mês de trabalho na casa de Fernando. Pouco tempo depois a família deixou a Rússia e acompanhou Fernando até a China, já que o atleta assinou com o Beijing Guoan. Por tráfico de drogas, Robson pode pegar de 15 anos até a prisão perpétua.
Leia mais:
7 jogadores que poderiam ter ajudado a Seleção na Copa do Mundo de 1998 mas foram esquecidos