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Coelho manda recado: “ser comandante não é ser o dono do CT ou do clube. Corinthians é maior que todo mundo”

Técnico interino respondeu perguntas da torcida, voltando a tocar no tema ‘confiança’, mas deixando uma indireta ao ex-treinador do Corinthians

Por Flavio Souza em 28/09/2020 22:39 - Atualizado há 4 anos

Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Técnico interino respondeu perguntas da torcida, voltando a tocar no tema ‘confiança’, mas deixando uma indireta ao ex-treinador do Corinthians

Dyego Coelho segue com seu futuro incerto no comando do Corinthians, mas enquanto o clube não chega a uma definição, o profissional segue fazendo seu trabalho. Além dos trabalhos técnicos, o treinador também segue ativo nas coletivas do clube. Nesta segunda-feira (28), o Timão divulgou um vídeo em seu canal oficial no YouTube, onde o técnico respondeu perguntas enviadas pela Fiel.

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Em uma das respostas, fica no ar uma indireta ao técnico Tiago Nunes, que chegou ao Corinthians optando por implementar regras mais rígidas no clube. Confira os principais trechos do vídeo:

“Corinthians é maior que todo mundo”

“O comando com os 27 jogadores, 30, se não me engano, de potencial enorme. Temos algumas situações. Não podemos tratar todos os jogadores da mesma maneira, todos os jogadores têm que ser tratados de maneiras diferentes. Têm sua maneira. É isso que a gente procura passar: dar atenção para todo mundo. Que fique bem claro: ser comandante não é ser dono do CT ou do clube. Você precisa confiar nas pessoas ao seu redor. Os jogadores precisam confiar nas pessoas. A gente precisa entender que o Corinthians é maior que todo mundo. A maneira de comandar é com muita parceria. É com muita dedicação, verdade, tratando os jogadores com respeito. Estafe sendo respeitado. Entendendo que aqui tem um comandante, mas, se todo mundo gostar desse cara, o clube tem uma situação melhor de vitórias. Eles acreditam em mim, eu acredito neles. São meus amigos”.

Assumir o cargo de treinador do Corinthians

“Se depender de mim, do que eu quero, vou fazer de tudo para estar aqui. Continuar aqui, fazer com que o clube vença. E isso vai de muito trabalho”.

Jogar com três zagueiros?

“Já pensei, porque, quando a gente voltou da pandemia, na base eu estava jogando com três zagueiros. No sub-20 estamos jogando assim. Aqui a gente tem capacidade para fazer isso, mas tem que ter o resguardo de quem vai ficar no banco. Já pensei nisso, mas precisamos ter uma segurança de quem vai ficar como opção. Liberar Fagner, Piton, ter essa amplitude, mas precisa ter uma força no meio e os jogadores da frente precisam ser mais rápidos. Jô e Luan são mais técnicos. Na base a gente joga com atletas mais rápidos na frente, precisamos de características lá na frente para fazer isso”.

Arrumar a defesa do Corinthians

“É o que a gente já está fazendo há duas semanas. Acho que é isso. É um trabalho forte defensivo, buscando o que a gente tinha de melhor nos outros anos. Desconfigurou um pouco, passar vídeos, jogadores precisam ativar o cérebro para uma mente defensiva para a gente começar a cuidar da parte ofensiva. Não tem mistério. Primeiro você tem que arrumar a parte defensiva para depois arrumar a parte ofensiva”.

Time mais ofensivo?

“A gente quer que o Corinthians vença, não importa se é atacando ou defendendo. Durante dez anos foram feitas algumas situações aqui, um jogo mais defensivo, com alguns treinadores espetaculares, como Mano, Tite e Carille. E isso tem que continuar. Para um time vencer, a parte defensiva tem que estar boa. Com o elenco que nós temos, a parte defensiva sobressai um pouco, mas nada impede de jogar para frente. Não deu muito certo a primeira tentativa, mas estamos tentando fazer com que isso, junto com garra, determinação, raça e coração, seja a nossa força”.

Como utilizar Cazares?

“Jogador bom tem que jogar junto sempre. Luan, Jô, Cazares, Vital, Otero, Léo, são jogadores que a gente tem que quebrar a cabeça para colocar esses caras na melhor posição junto dentro de campo. E é isso que a gente vai fazer.”

“A mesma conversa que eu tive com o Cazares eu vou ter agora: para ele jogar, vai ter que jogar bola. E ele sabe jogar bola. Ele falou que ia fazer isso e é o que eu espero dele. Tem condição de ser titular absoluto desse time e ele tem que aproveitar as chances dele, competindo, junto com os outros. Sai na frente porque tem uma grande qualidade, esperamos encontrar o lugar em que ele mais renda dentro de campo”

Chances para Bruno Méndez

“Eu já pensei nisso, tem os prós e os contras, a gente tem o dia a dia aqui dentro. Nós temos que entender que temos o Avelar hoje como zagueiro, não é mais lateral. Tem o Piton que é da base, tem minha confiança, e o Bruno é um grande jogador, já se adaptou muito bem. É questão realmente de escolha, são três zagueiros de alto nível que podem hoje ou amanhã serem titulares”

Preleções “programadas”?

“Eu não sou de ficar me programando muito do que eu vou falar para os jogadores. A gente tem uma organização do time adversário e do nosso, nada muito longo, mas a questão da motivação sai ali na hora, na conversa com jogadores. São coisas que a gente sente ali por estar muito tempo dentro do clube, voltado muito pelo que o corintiano vê, pelo que o corintiano quer. Às vezes não sai nada e eu só falo que eles precisam jogar por nós. Não tem muita programação, não”.

Pressão no Corinthians

“Aqui tem pressão desde os 2 anos de idade. Como jogador tem uma pressão, treinador também, mas eu estou aqui desde os 10 anos de idade, então facilita a lidar com algumas situações. Se você quer estar no maior clube do país você tem que ter culhão para isso.

O que eu passo para eles (elenco) é que, se eles não aproveitarem o que estão vivendo no Corinthians, eles vão se arrepender. Isso é um fato. Se vocês não fizerem dentro de campo, não usufruírem o que é Corinthians, vocês vão se arrepender. Tem situações que eles precisam entender e eles precisam aprender o mais rápido possível. É muito bom estar num clube como o Corinthians, ter uma torcida como a do Corinthians“.

Confira o vídeo na íntegra:

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