Entidade argumenta que não pode gerar desequilíbrio técnico na disputa da competição nacional
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vai se reunir com os 20 clubes do Brasileirão Série A nesta quinta-feira (24). O assunto em discussão é o retorno parcial dos torcedores nos estádios.
O Brasileirão, entretanto, pode ser disputado até o fim sem que ninguém possa ver de perto o time do coração. O motivo é não gerar desequilíbrio técnico entre disputantes, conforme afirma Walter Feldman, secretário-geral da entidade.
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“Nós só voltaremos, esse é um dado importante também, se mantivermos o equilíbrio técnico. Significa a presença de público para todos os clubes participantes”, iniciou o dirigente, em entrevista à Rádio Bandeirantes.
“Se não houver o equilíbrio técnico não será possível esse retorno, que eu chamaria de sistêmico, dos torcedores nos estádios do Brasileirão”, acrescentou.
Feldman ainda disse que os poderes públicos municipais e estaduais são quem realmente vão definir o retorno dos torcedores aos estádios.
“O Ministério da Saúde nos deu parecer favorável. Mas era uma visão macro, tendo em vista um sistema de retorno gradual, progressivo e controlado ainda preservando o distanciamento social. Mas quem define, exatamente, abertura dos estádios, locais em cada cidade é o prefeito e o secretário municipal de saúde. Eventualmente, o governador, se tiver uma atitude mais restritiva, vale a posição do governo”, observou.
Veja a seguir outros assuntos da entrevista:
A CBF chancelaria retorno do público em jogos do Brasileirão mesmo com desequilíbrio técnico?
“Não. Isso não poderia acontecer. O presidente (da CBF) Rogério Caboclo, na reunião que definiu o retorno da competição, ele perguntou aos 20 clubes: ‘se por acaso vocês não puderem jogar na sua cidade, vocês aceitariam jogar em outra?’ Se tivesse 20% de praças que não tivessem sido autorizado (o retorno do futebol), o Campeonato voltaria, mas teria que jogar em outros locais”
“Nós vamos, provavelmente, aplicar a mesma posição nessa reunião de clubes: alguns locais que não autorizarem (o retorno do torcedor no estádio), o clube teria que aceitar jogar em outro local preservando o equilíbrio técnico com a torcida tendo que se deslocar pra uma outra praça. Não podemos, em hipótese nenhuma, produzir desequilíbrio técnico. Isso é fundamental pra manutenção da qualidade e do direito dos clubes poderem participar”
Reunião com os clubes propondo 30% da torcida nos estádios
“Nós ouvimos o Ministério da Saúde, como temos ouvido quase toda a semana, como é a situação. Nós tivemos uma aprovação de um protocolo de retorno dos torcedores de até 30%. Pode ser 1%, 5%, 10%. Até 30% a ser definido pelos clubes, inicialmente, que desejam esse retorno dos torcedores. Mas depois uma decisão, eu diria, muito mais centrada que é das autoridades de saúde estaduais e municipais dos nove Estados e dos onze Municípios brasileiros que fazem parte do Brasileirão (Série A)”
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