Torneio internacional foi adiado para os primeiros meses de 2021, quando ocorrem as últimas rodadas da Série A
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, anunciou na sexta (18) o que já era esperado: o Mundial de Clubes 2020 está adiado. Provavelmente para entre fevereiro e abril de 2021. O torneio internacional, entretanto, pode se tornar um problema para Flamengo, Palmeiras, Grêmio, Internacional, São Paulo ou Athletico Paranaense.
O motivo é simples. Caso um deles seja campeão da Libertadores, teriam que viajar para o Catar, onde ficariam por, no mínimo, sete dias. O “xis” da questão é que o calendário do Mundial conflita com as últimas rodadas do Brasileirão Série A. A informação é do jornalista Marcelo Rizzo, do site UOL.
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“Se sugeriu, via Ásia, (que o Mundial de Clubes fosse realizado em) fevereiro. A Libertadores já teria terminado em janeiro. Mas a Conmebol avisou que o Brasileirão, por exemplo, estará em sua reta final. Portanto, se o campeão continental for daqui, esse time teria problemas em viajar”, publica.
Além disso, o motivo do cancelamento é que a maioria dos continentes não teria tempo hábil para definir qual time será o representante. Por enquanto, apenas dois times estão definidos.
São eles, o Bayern de Munique (vencedor da Liga dos Campeões) e o Al-Duhail (campeão nacional e que representaria o país sede)
Por que não cancelar o Mundial de Clubes?
De acordo com Rizzo, a Fifa não adota tal medida por questões contratuais. Além disso, a entidade evita conflitos na Justiça. “Há um contrato assinado com o grupo chinês de venda online Alibaba até 2022 para patrocínio exclusivo”, explica
“A edição 2020 consta no acordo e seria a última no formato atual, com sete participantes, dando espaço para o super Mundial projetado pela Fifa, com 24 clubes, que seria em 2021 na China. Mas já está adiado por causa da pandemia do coroanvírus”, prossegue.
“Há também gordos contratos de direitos de transmissão que foram vendidos pela Fifa e repassados por terceiros a diversas emissoras e plataformas de streaming espalhados pelo mundo”, informa.
“A entidade até poderia argumentar causa de força maior, devido à covid-19, mas correria o risco de sofrer diversos processos judiciais incômodos”, finaliza Rizzo.
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