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Brasileirão: CBF diz que clubes ameaçaram paralisar o torneio

Entidade se organizou com os clubes que disputam a Primeira Divisão do torneio nacional

Octávio Almeida Jr
Jornalista graduado pela Universidade da Amazônia (UNAMA), 29 anos. Repórter de campo pela Rádio Unama FM em duas finais de Campeonato Paraense (anos 2016 e 2017). Repórter no site Torcedores.com desde 2018.

Entidade se organizou com os clubes que disputam a Primeira Divisão do torneio nacional

A maioria dos clubes que disputam o Brasileirão Série A 2020 ameaçou não entrar em campo nas próximas rodadas e, assim, paralisar o torneio nacional. O motivo é a CBF (entidade que organiza a competição) permitir que os clubes do Rio de Janeiro tivessem público no estádio, quando jogassem em casa. É o que afirmou Walter Feldman, secretário-geral da CBF.

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Em entrevista ao canal CNN Brasil, o dirigente falou sobre a reunião entre CBF e clubes realizada neste sábado (26). Flamengo e a FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) não compareceram.

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“Ela (a FERJ) acredita que, independente dos outros clubes, outros estados, outros municípios poderem ou não fazer partidas com torcida, se o Rio desejar, ele poderá fazê-lo. Nós não podemos aceitar”, iniciou Feldman.

“Os clubes não aceitam porque isso, em primeiro lugar, criaria um desequilíbrio técnico na competição que daria um desajuste em relação à sua própria continuidade”, acrescentou.

“Todos os clubes querem a volta das suas torcidas. Todos eles. E nós temos um dado, evidentemente ele é variável, mas eu daria um dado atípico de que, quando a torcida está em campo, o clube tem 30% mais de possibilidade de vitória. Portanto, esse desequilíbrio seria absolutamente insustentável”, prosseguiu.

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“E (foi) exatamente o que aconteceu. Os clubes (do Brasileirão) disseram o seguinte: ‘se houver jogo no Maracanã para um determinado clube, nós não entraremos mais em campo’. Isso levaria à paralisação do próprio Campeonato”, disse Feldman.

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“Ou seja, seria uma consequência muito grave, dramática, estabelecida por vontade de apenas um Estado, ou de poucos clubes”, finalizou o dirigente da CBF.

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