Por onde anda Cabañas, carrasco de Santos e Flamengo na Libertadores?
Paraguaio marcou último gol como profissional há mais de dez anos
Paraguaio marcou último gol como profissional há mais de dez anos
O torcedor do Flamengo tem uma ótima memória recente em relação à Copa Libertadores, já que é o atual campeão, mas alguns anos atrás a sensação era completamente diferente, especialmente por um vexame em específico: o de 2008.
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O grande responsável por aquele que é, para muitos, o maior vexame de um brasileiro na história da Libertadores é Salvador Cabañas, atacante paraguaio conhecido pela técnica apurada, ótima visão de jogo, mas também pela forma física “robusta”.
Principal jogador paraguaio no fim da década passada, o jogador é ídolo do América do México e brilhou em um Maracanã para mais de 50 mil pessoas na partida de volta das oitavas de final da Libertadores de 2008.
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O Flamengo havia venceu o jogo de ida, no Azteca, por 4 a 2, mas Cabañas colocou o jogo “no bolso” na volta, marcou dois gols e comandou a vitória acachapante por 3 a 0 fora de casa.
Engana-se, porém, quem acha que Cabañas foi carrasco apenas do Flamengo naquela Libertadores. O camisa 9 acabou também com o Santos, já nas quartas de final, quando marcou os dois gols da vitória por 2 a 0 no Azteca, encaminhando o América-MEX para a semifinal.
Mas por onde anda Salvador Cabañas?
O ex-atacante paraguaio não marca um gol como profissional desde 2010, o ano do fatídico atentado que praticamente encerrou sua carreira.
O jogador levou um tiro na cabeça em um bar na Cidade do México e desde então vive com sequelas.
Cabañas tentou voltar ao futebol e assinou com o 12 de Octubre, do Paraguai, em 2012, fez alguns jogos, nenhum gol e confessou que não estava mais apto. Em 2014 teve passagem rápida pelo Tanabi, do interior de São Paulo, mas sequer entrou em campo oficialmente.
A bala alojada em sua cabeça o impedia de cabecear, o que o levou a encerrar a carreira precocemente.
“Pratico vôlei com os meus amigos do bairro. O que acontece é que os médicos me proibiram de cabecear porque a bala que tenho incrustada na nuca pode se mover e pode me fazer mal. Me dizem que posso ficar paralítico. Está alojada perto de uma veia principal. Tinha muito medo de me chocar forte com os meus companheiros e eles também de se chocar comigo. Me convenci e disse que era suficiente”, revelou em entrevista à agência AFP, no início de 2020.
O carrasco de Flamengo e Santos completa 40 anos neste dia 5 de agosto e voltou a morar com os pais no Paraguai. Atualmente o ex-atleta vive do rendimento de suas propriedades e não quer mais contato com o futebol.
“De futebol não vejo quase nada porque dói muito. Se estou próximo ao estádio e tudo isso, sendo técnico ou auxiliar, me deixa triste, porque gostaria de entrar, jogar outra vez. Por isso não quero me dedicar a isso”, disse à rádio mexicana W Deportes no início de agosto.