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Treinadora do time feminino do Rio Branco-AC deixa o clube e critica contratação de Bruno: “Socializa a impunidade aos feminicidas”

Bruno foi anunciado como novo reforço do time acreano

Por Bruno Romão em 28/07/2020 15:49 - Atualizado há 9 meses

Reprodução

Bruno foi anunciado como novo reforço do time acreano

O anúncio da contratação de Bruno continua repercutindo no Rio Branco-AC. Dessa forma, após o patrocinador do clube suspender o contrato, foi a vez da treinadora do time feminino deixar o cargo. Sendo assim, em comunicado no Facebook, Rose Costa justificou sua escolha, baseada na chegada do goleiro que foi condenado pela morte de Eliza Samudio.

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Diante disso, a profissional ressaltou que a chegada do arqueiro ex-Flamengo pode manchar a imagem da instituição. Isso porque a oportunidade dada ao jogador ignora o fato dele ter cometido um crime grave, algo que “normaliza a impunidade ao feminicídio”.

“Meu humilde entendimento é que essa oportunidade dada ao Goleiro Bruno, em nossa amada equipe, legitima a ineficiência das leis em nosso país, socializa ainda mais a impunidade aos feminicidas e por fim, macula a imagem de nossa equipe”, declarou.

Agora, resta saber se o presidente do Rio Branco-AC, Valdemar Neto, manterá sua decisão. No anúncio da chegada de Bruno, vários torcedores criticaram o mandatário máximo por sua opção em viabilizar o acordo com o goleiro.

Veja abaixo a nota oficial de Rose Costa.

“Informo que à partir desta data me desigo da função de técnica/treinadora do Rio Branco Futebol Clube Feminimo, motivo: a contratação do Goleiro Bruno para compor o elenco da equipe masculina do nosso Estrelão.

Quero aqui esclarecer que entendo o momento por qual passa o Rio Branco e a grande maioria dos clubes de futebol acreanos, as dificuldades financeiras como também a oportunidade da contratação do Goleiro Bruno, bem como, ainda, a sua “boa” intenção, no sentido de tornar a equipe competitiva e forte.

Deixo minha gratidão pela oportunidade, mas preciso esclarecer também que minha história de vida como mulher e profissional me impendem de permanecer no Rio Branco. Como disse, não questiono e nem tampouco julgo suas decisões, mas preciso respeitar a minha história e minhas crenças de que educamos pelo exemplo, e no esporte de rendimento, atletas são figuras públicas, e socializam e influenciam comportamentos, e meu humilde entendimento é que essa oportunidade dada ao Goleiro Bruno, em nossa amada equipe, legitima a ineficiência das leis em nosso país, socializa ainda mais a impunidade aos feminicidas e por fim, macula a imagem de nossa equipe, pois o crime orquestrado por ele é reconhecidamente hediondo, e isso não deve ser personificado na função de atleta de rendimento do nosso clube que tem uma história linda na construção de grandes atletas que são espelhos para toda a nossa juventude e sociedade.

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