Por uma demanda da Prefeitura, jogos em Porto Alegre, como na casa do Inter, foram vetados neste momento
Temendo um colapso do sistema de saúde diante do aumento da ocupação de leitos de UTIs pelo coronavírus, a Prefeitura de Porto Alegre, na última semana, vetou a realização de jogos de futebol na cidade. A decisão irritou profundamente a direção do Inter, que promete seguir lutando pela liberação do Beira-Rio.
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Em participação no canal Vozes do Gigante, do YouTube, nesta segunda-feira, o mandatário colorado Marcelo Medeiros reforçou o desejo de jogar em casa. E ainda sobrou uma alfinetada ao Grêmio, que, em meio à indefinição da liberação dos treinos coletivos há duas semanas, chegou a soltar nota oficial informando que iria trabalhar em Criciúma – a viagem acabou sendo abortada depois do “ok” da Prefeitura de Porto Alegre.
Leandro Behs – jornalista: “Dentro dessa confusão extracampo e da manobra que todos estão fazendo para voltar a jogar, os jogadores estão blindados sobre isso? Pensam no Gre-Nal? E é possível ou há o risco de o Inter ter que jogar o Brasileirão em Criciúma, por exemplo?”
Marcelo Medeiros – presidente do Inter: “Quem gosta de Criciúma é o Grêmio. Mas deixa eu dar um recado pra comunidade colorada. O Inter quer é jogar no Beira-Rio. Eu acho que vocês como intermediários, como ponte de comunicação com o torcedor, eu faço de novo desafio. Nós temos que jogar no Beira-Rio. O Grêmio tem que jogar na Arena. O Brasileirão tem que ser jogado em Porto Alegre. Tu ficas muito mais sujeito à exposição quando o controle não é teu. Aí não tem que pegar um ônibus e ir jogar. Não tem que pegar um avião e ir jogar. Tivemos essa ducha de água fria que foi jogada em cima de um clube que se mobilizou e investiu em segurança. Vamos seguir lutando pra jogar na nossa casa”.
— Vozes do Gigante (@vozesdogigante) July 21, 2020
Inicialmente, o Gre-Nal desta quarta-feira, 21h30, estava marcado para o Beira-Rio. Depois do veto e de incontáveis rumores, o jogo foi confirmado para o Centenário, em Caxias do Sul. O clássico 425 vale pelo returno do Gauchão.
Confira a manifestação completa do presidente do Inter sobre o veto ao Beira-Rio a partir de 48:00
Inter diz ter investido mais de R$ 200 mil
Entre compra de testes e equipamentos para fortalecer os protocolos de saúde no Beira-Rio e no CT Parque Gigante, o Inter alega ter investido cerca de R$ 200 mil. Esse é um dos argumentos da direção colorada contra o veto estabelecido pelo prefeito Nelson Marchezan.
Relembre o posicionamento da Prefeitura de Porto Alegre, que segue mantido, em nota oficial:
“Diante do quadro de aumento da taxa de ocupação de leitos de UTI da Capital, a Prefeitura de Porto Alegre, anunciou nesta sexta-feira, 17, que a realização de jogos de futebol segue restrita temporariamente. A medida leva em conta o aumento da taxa de contaminação por Coronavirus e seguirá tendo acompanhamento das equipes técnicas da Secretaria de Saúde. Apesar do acompanhamento técnico e de protocolos criados pela Federação Gaúcha de Futebol, o momento da pandemia na cidade não permite a realização de eventos desse porte.
A Prefeitura informa que seguirá avaliando a situação e manterá contato direto com a Federação Gaúcha de Futebol e os clubes com sede na capital para que todas as medidas a serem adotas sejam pensadas com base na segurança de toda a população de Porto Alegre”.
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