Laranja Mecânica: Holanda perdia final de Copa há 46 anos para a Alemanha e decepcionava o mundo do futebol
Seleção comandada por Rinus Michels revolucionou o futebol
Seleção comandada por Rinus Michels revolucionou o futebol
A Holanda surpreendeu o mundo em 1974, quando voltou à Copa do Mundo após quase 40 anos e logo em seu retorno apresentou uma seleção totalmente baseada nas ideias do Ajax campeão europeu. A equipe europeia passou de surpresa para franca favorita no decorrer do torneio e chegou à final contra a Alemanha Ocidental, mas há exatos 46 anos viu o sonho escorrer pelas mãos no estádio Olímpico de Munique.
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A Copa do Mundo de 1974 gerou expectativa, especialmente pelo alto nível atingido em 1970, quando o Brasil de Pelé e companhia conquistou o tri no México.
O próprio Brasil, a Alemanha Ocidental e a Itália chegaram como francas favoritas, mas nenhuma encheu os olhos como a Holanda treinada por Rinus Michels.
A campanha
A Holanda fez parte do grupo C ao lado de Suécia, Uruguai e Bulgária. A estreia foi contra ninguém menos que o bicampeão Uruguai, mas os comandados de Michels não apresentaram dificuldade alguma para vencerem com dois gols de Johnny Rep.
Já conhecida como “Laranja Mecânica”, muito pelo filme dirigido por Stanley Kubrick em 1971 levar a nomenclatura, a Holanda pressionou muito no segundo jogo, mas ficou no 0 a 0 com a Suécia.
No terceiro jogo, porém, voltou a desandar e atropelou a Bulgária ao vencer por 4 a 1 com gols de Johnny Rep, Theo de Jong e Johan Neeskens (duas vezes).
Classificação para a segunda fase e Rinus Michels
O revolucionário treinador foi tetracampeão holandês com o Ajax, tricampeão da Copa da Holanda e atingiu o ápice ao conquistar a Liga dos Campeões com o clube em 1971, pouco antes de ir para a seleção holandesa.
Dono de ideias novas, como a de utilizar jogadores polivalentes e exigir que nenhum deles guardassem posição, Michels passou a acreditar no título da Holanda após a primeira fase.
Chegou à fase semifinal – que dividia oito seleções em dois grupos de quatro e apenas o líder chegava à decisão – com a certeza da classificação.
O técnico não poderia estar mais correto, já que a Laranja passeou no grupo. Venceu a Argentina por 4 a 0, a Alemanha Oriental por 2 a 0 e carimbou a vaga após vencer o Brasil também por 2 a 0 em Dortmund, na maior atuação da Holanda no Mundial.
A final e a decepção
Como líder da chave, a Holanda bateu de frente na final com a dona da casa Alemanha Ocidental, que passava longe de ter um time pior e mantinha uma escalação baseada no Bayern de Munique campeão europeu.
Com craques como Franz Beckenbauer, Gerd Muller e Uli Hoenness, passou pelo grupo de Polônia, Suécia e Iugoslávia para cravar vaga na decisão.
Mas os donos da casa, porém, sentiram o ímpeto da Laranja no primeiro minuto. Cruyff, o craque da equipe, dominou no meio-campo e disparou em direção à área. Após invadir, o camisa 14 foi derrubado pelo lateral Vogts e o árbitro não exitou em marcar o pênalti.
Na cobrança, Neeskens converteu e colocou a Holanda na frente na final da Copa do Mundo.
Os alemães tiveram reação que chamou a atenção e entraram no jogo de cara após sofrerem o baque. Aos 25 o atacante Bernd Hölzenbein invadiu a área e viu Willem van Hanegem derrubá-lo. Pênalti e cobrança magistral de Paul Breitner para deixar tudo igual.
A partida seguiu equilibrada, mas ainda no primeiro tempo a Alemanha chegou ao gol do título. Rainer Bonhof fez jogada pela direita e cruzou rasteiro para o artilheiro Gerd Muller, que dominou e bateu cruzado para vencer Jongbloed e dar o título aos donos da casa.
A derrota da Holanda foi uma decepção geral, já que foi a única e última Copa de Cruyff, que se recusou a jogar em 1978 por problemas internos. Mesmo assim a Laranja Mecânica entrou para a história do futebol.
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