Narrador virou sócio da OM, mas viu negócio dar errado e voltou atrás
Galvão Bueno já era um dos nomes fortes da Rede Globo em 1992, quando deu um passo curioso na carreira e deixou a emissora carioca para assinar com a Rede OM (Organizações Martinez) para virar sócio na área de Esportes do novo canal.
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O narrador entrou no negócio para trabalhar na produção e dividiria a operação do nicho na emissora, além de tratar dos direitos de transmissão.
Galvão se tornou uma espécie de diretor de Esportes da Rede OM e simulou o que Luciano do Valle fez com a Bandeirantes nos anos 80 e 90, mas tudo foi por água abaixo.
O profissional chegou a conseguir negociar a exclusividade da Copa Libertadores de 1992 e bateu recordes de audiência com a transmissão da final entre São Paulo x Newell’s Ols Boys, quando narrou e teve Roberto Avallone como seu comentarista principal.
A OM bateu 34 pontos de audiência e ficou à frente da Globo, que tentou comprar os direitos para dividir a transmissão, mas Galvão não aceitou.
“Eu não poderia trair meu time, os colegas que tinham topado aquele desafio comigo”, disse o narrador em sua biografia, “Fala, Galvão!”.
A OM era apenas uma retransmissora da Record até 1991, quando o dono, o político José Carlos Martinez, em 1992, decidiu dar um passo além e fechou acordo para ficar com o horário das 18h às 0h da TV Gazeta.
Foi aí que Galvão entrou na jogada como diretor de Esportes. O narrador conseguiu ainda os direitos da Copa do Brasil de 1992 e narrou o título do Internacional. O profissional foi ainda a voz do Campeonato Paranaense e narrou o título histórico do Londrina, já que a OM era uma emissora de Curitiba.
O problema é que o investimento foi tão alto na emissora que o dinheiro não voltou tão rapidamente quanto Martinez desejava. Mesmo com bons números no esporte, o dono cortou 60% da equipe de pessoal.
“Não me pagavam o que me deviam, os cheques sem fundo se acumulavam, não tinha mais nenhuma possibilidade de continuar lá”, disse Galvão em 1993, em entrevista ao Jornal do Brasil.
O narrador, que era contestado na Globo e que tinha problemas internos na emissora após reclamar publicamente por ter sido preterido por Osmar Santos na Copa do Mundo de 1986, voltou ao canal carioca e como nome principal do esporte.
A Globo assumiu que Galvão era um chamariz de audiência após erguer a OM durante os dez meses que seguiu no canal.
A emissora de Martinez foi extinta em maio de 1993 e seu sinal foi repassado à atual CNT (Central Nacional de Televisão).
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