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Crise atrapalha e projeto de centralização do VAR será adiado para 2021

Leonardo Gaciba lamentou paralisação do projeto

Por Matheus Camargo em 07/07/2020 15:06 - Atualizado há 3 anos

Lucas Figueiredo /CBF

Leonardo Gaciba lamentou paralisação do projeto

A ideia da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de centralização do árbitro de vídeo (VAR) em apenas um local e não de uma equipe para cada partida está paralisada por conta da crise na pandemia do novo coronavírus.

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Em entrevista concedida ao Globoesporte.com, Leonardo Gaciba, chefe de arbitragem da CBF, lamentou a paralisação do projeto.

“Hoje o projeto está parado”, revelou o ex-árbitro.

“A nossa intenção era testar a centralização ao longo do Brasileirão deste ano para implantar o uso definitivamente na edição de 2021. Mas a pandemia atrasou tudo. Porque fizemos investimento em equipamentos eletrônicos e todos são feitos fora do Brasil. Mas as fábricas pararam a produção e a importação está prejudicada pela crise.”

Foi realizado um teste no país ainda antes da pandemia do novo coronavírus, em janeiro, na decisão da Supercopa do Brasil entre Flamengo x Athletico Paranaense.

A primeira utilização foi elogiada pela CBF, mas problemas com os fornecedores e a incerteza quanto ao retorno do futebol atrapalharam e adiaram a ideia para o ano que vem.

“Isso não é simples. São em média três meses pra conseguir o licenciamento pra instalar a rede e passar a fibra ótica nos estádios. Projetamos um custo de aluguel de fibra ótica no país em torno de R$ 300 mil por mês, fora o investimento na estrutura da central. Estamos de mãos atadas”, lamentou Gaciba.

Ainda segundo o ex-árbitro e chefe da pasta na entidade, os ganhos com a nova ideia seriam técnicos e melhorariam o uso do VAR no futebol brasileiro.

“O grande ganho não é econômico, é técnico. Com todas as equipes no Rio de Janeiro teremos agilidade em relação à velocidade das decisões da equipe de VAR durante a transmissão”, admitiu.

“A central também vai permitir que os árbitros treinem mais. Quem treina mais, acerta mais. Outra vantagem é agilizar a avaliação do trabalho dos árbitros de vídeo.”

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