Home Futebol Tostão diz que o Brasil não tem muitos “jogadores de alto nível” e critica Neymar: “Vive com problemas e confusões”

Tostão diz que o Brasil não tem muitos “jogadores de alto nível” e critica Neymar: “Vive com problemas e confusões”

Tricampeão do mundo acredita que a atual geração possui apenas Neymar como jogador diferenciado

Bruno Romão
Bruno Romão atua, como redator do Torcedores.com, na cobertura esportiva desde 2016. Com enfoque em futebol brasileiro, futebol internacional e mídia esportiva, acumula experiência em eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas. Possui diploma de bacharelado em Jornalismo pela Universidade Estadual da Paraíba.

Tricampeão do mundo acredita que a atual geração possui apenas Neymar como jogador diferenciado

Em entrevista ao jornal “El País“, Tostão avaliou o futebol brasileiro. Para ele, apenas a habilidade dos atletas não é mais suficiente para vencer uma partida. Dessa forma, o ex-jogador citou que a atual geração que Tite possui disponível não conta com muitos craques, como Neymar. Porém, em sua visão, o camisa 10 do PSG precisa ter foco em sua carreira.

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“Até a década de 1960, habilidade e ‘magia’ eram mais importantes no jogo. Brasil e Argentina venceram por sua criatividade e habilidade natural. Isso no futebol é muito importante, mas com os novos avanços científicos esses aspectos se tornaram menos decisivos. Habilidade não é mais suficiente. O Brasil nos anos 70 tinha vários jogadores de alto nível. Hoje ele tem dois ou três. Ou um. Nosso grande craque é o Neymar. E Neymar vive com problemas e confusões. Não formamos mais o número de jogadores espetaculares que formamos há 40 anos. Perdemos o jogo coletivo do meio-campo”, declarou.

Diante disso, Tostão avaliou que o Brasil não tem um “pensador” no meio-campo. Sendo assim, o jogo coletivo do time nacional vem sendo prejudicado, e dependente de “lampejos” de genialidade.

“A atual equipe brasileira tem Casemiro, que é um ótimo jogador do meio para trás, e Neymar, que é um grande jogador do meio para frente. Um grande pensador está faltando. Há 30 anos, o Brasil não tem um jogador semelhante ao Xavi. Então o jogo no Brasil deixou de ser um jogo de passe para se tornar um jogo de ataques, sem mudança de direção, sem ritmo. Diminuiu o jogo coletivo, a troca de passes, a empatia, a união, que caracterizavam Gerson, Rivelino, Clodoaldo ou Pelé, que desciam para jogar com todos. Esses jogadores não são mais formados. E depois de 30 anos, parece que estamos percebendo isso”, completou.

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