Apesar do clima quente nos bastidores, Ceni crê que conseguiria evitar o inédito rebaixamento do Cruzeiro
O técnico do Fortaleza, Rogério Ceni, possui convicção que o Cruzeiro não seria rebaixado para a Série B do Brasileirão se o trabalho não fosse interrompido. Recentemente, alguns jogadores daquele time expuseram uma relação nada amigável do ex-goleiro com os chamados medalhões.
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Rodriguinho, por exemplo, revelou ter ocorrido uma certa revolta dos ‘veteranos’ após Ceni declarar para a imprensa que o “time era velho. “.
– Outro dia vi que alguns reclamaram que eu teria dito que determinados jogadores eram mais velhos… Eu trabalho com mais de 50% do elenco do Fortaleza acima dos 30 anos. A idade não é uma coisa que me faça escolher o jogador, ou não, mas sim o condicionamento físico e a capacidade técnica. No Cruzeiro tentei dar velocidade ao time, eu tinha o David, o Pedro Rocha e um jogador que não é tão velocista, mas taticamente era importante, o Marquinhos Gabriel. O que falei foi que não conseguiria colocá-los, todos juntos, em campo ao mesmo tempo, pois teria que fazer uma rodagem. Se eu coloco o Thiago Neves com o Fred e o Robinho, para meu estilo de jogo, mais agressivo e físico, não conseguiria fazer isso. Acho que eles ficaram um pouco magoados, mas faz parte da vida”, explica Ceni em entrevista ao blog do jornalista Mauro Cezar Pereira, no UOL Esporte.
Parcela de culpa no rebaixamento
Para o goleiro Fábio e o zagueiro Dedé, Ceni teve sim parcela de responsabilidade no inédito rebaixamento do Cruzeiro. Vale lembrar que o treinador comandou a equipe em apenas oito jogos, dos quais foram duas vitórias, dois empates e quatro derrotas.
Depois de deixar a Raposa, Ceni retornou ao Fortaleza e levou os cearenses ao nono lugar, garantindo uma vaga na Copa Sul-Americana.
– Minha parcela de colaboração para o Cruzeiro estar na Série B é o meu trabalho no Fortaleza, que tomou uma vaga entre os 16 primeiros. O Cruzeiro é ótimo para trabalhar, pela estrutura CT, funcionários educadíssimos em todos os setores. Tem tudo de bom, e tem muito menino bom. Entre os mais experientes, o Henrique, que tem 34 anos, e é um exemplo de profissional, hoje está no Fluminense. O Rafael, que está no Atlético Mineiro. Não tenho nada a reclamar dos jogadores. É a vida. Fui atleta vivi isso tudo e não tenho o que reclamar. Mas havia uma figura da diretoria que era o elo, que travava tudo, tinha muita amizade com os jogadores levava para um lado e para outro. Mas com todas as dificuldades e com os meninos da base, podendo fazer as alterações, tenho a convicção de que o time não iria para a Série B.
Clique aqui e confira na íntegra a entrevista de Rogério Ceni.