10 momentos que merecem ser esquecidos da história do Palmeiras
Rebaixamentos, viradas inexplicáveis, goleadas vexatórias e jejum de títulos marcaram negativamente a história alviverde
O Palmeiras é um clube de 105 anos. No decorrer dessa história centenária, muitos títulos foram comemorados e muitas glórias alcançadas – seja em gramados brasileiros ou internacionais. Craques de todos os calibres desfilaram em campo sob o comando dos mais tarimbados técnicos.
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No entanto, nem toda história é escrita só com conquistas ou acontecimentos positivos. No alviverde, a torcida já sofreu. Vexames inexplicáveis, rebaixamentos, times limitados… A lista é extensa. Por isso, selecionamos momentos que a torcida gostaria de apagar da memória e da história.
Confira 10 momentos para serem esquecidos da história do Palmeiras
1977 a 1993 – 16 anos de uma interminável fila
Do ano de sua fundação, em 1914, até 1976, o Palmeiras havia conquistado 18 Campeonatos Paulista, seis Campeonatos Brasileiro, três Torneios Rio-São Paulo e a Copa Rio de 1951.
Porém, após levantar o Paulista de 1976 em cima do XV de Piracicaba, um longo jejum de títulos tomou conta do clube. Foram 16 anos de seca, decepções e desilusões da torcida alviverde. A interminável espera acabou somente em 1993, com o histórico título Paulista conquistado contra o Corinthians.
Zebra caipira em Morumbi lotado
O ano é 1986. Nove anos haviam se passado desde o último título do clube. Após dois turnos, o Palmeiras terminou a classificação geral daquele Campeonato Paulista na segunda colocação. Após eliminar o Corinthians nas semifinais, o tome avançou para pegar a Inter de Limeira – algoz do Santos na outra chave – na grande decisão.
Jogando as duas partidas em um Morumbi lotado, o alviverde empatou o primeiro confronto (0 a 0) e perdeu a finalíssima por 2 a 1, confirmando um vexame histórico contra um rival que levantara ali o mais importante título de sua história.
Na ocasião, o Palmeiras foi a campo com: Martorelli; Diogo (Ditinho), Márcio, Amarildo e Denys; Lino (Mendonça), Gerson Caçapa e Jorginho; Edmar, Mirandinha e Éder. Técnico: Carbone.
Virada inacreditável no Palestra Itália
Em 2000, já com baixo investimento da Parmalat, o Palmeiras alcançou a final da Copa Mercosul. Com uma equipe muito modificada após a perda do título da Libertadores e sem Luiz Felipe Scolari como técnico, a equipe de Marco Aurélio enfrentou um fortíssimo Vasco na decisão.
No primeiro jogo, no Rio, vitória vascaína por 2 a 0. No Palestra Itália, vitória alviverde por 1 a 0 na segunda partida. O resultado forçou o terceiro jogo, também em São Paulo.
Após abrir 3 a 0 no primeiro tempo, o alviverde voltou irreconhecível para a segunda etapa, permitindo uma inacreditável virada aos vascaínos de Romário e cia. No final, 4 a 3 para os cariocas diante de uma incrédula torcida no Palestra Itália.
Na finalíssima da Mercosul, o Palmeiras entrou em campo com: Sérgio; Arce, Galeano, Gilmar e Thiago Silva; Fernando, Magrão, Flávio e Taddei; Juninho e Tuta (Basílio). Técnico: Marco Aurélio.
O primeiro rebaixamento
O ano de 2002 foi uma verdadeira bagunça no Palmeiras. Começou com Vanderlei Luxemburgo no comando, passou pelos interinos Karmino Colombini e Paulo Cesar Gusmão, e terminou com Levir Culpi.
Diante de um cenário conturbado, o mediano time não resistiu e, após uma campanha medíocre no Campeonato Brasileiro (17º colocado), acabou rebaixado pela primeira vez à segunda divisão nacional.
A confirmação da queda veio com a derrota para o Vitória, em Salvador, por 4 a 3. O time alviverde foi a campo com: Sérgio; Arce, César, Alexandre e Rubens Cardoso (Léo Moura); Paulo Assunção, Flávio (Nenê), Juliano e Zinho; Muñoz e Itamar (Lopes). Técnico: Levir Culpi.
Vitória, mais uma vez, afunda o Palmeiras
Com o rebaixamento confirmado, 2003 foi um ano de reconstrução no Palmeiras. Durante o percurso, porém, mais uma vez o Vitória surgiu no caminho do alviverde.
Pelas oitavas de final da Copa do Brasil, o time baiano foi a São Paulo e impôs aos anfitriões uma das goleadas mais vexatórias de sua história: 7 a 2, com direito à falhas clamorosas da defesa palmeirense e do ídolo Marcos.
Na fatídica noite de 23 de abril de 2003, foram a campo: Marcos; Neném (Anselmo), Gustavo, Leonardo e Marquinhos; Corrêa (Fábio Gomes), Magrão, Adãozinho e Zinho (Dênis); Muñoz e Thiago Gentil. Técnico: Jair Picerni.
Fôlego perdido
Em 2009, a diretoria do Palmeiras conseguiu montar um time competitivo para a disputa do Campeonato Brasileiro. A base montada por Vanderlei Luxemburgo ganhou os reforços de Obina e Vagner Love durante o campeonato.
Com Diego Souza jogando o seu melhor futebol, Cleiton Xavier se destacando e a chegada de Muricy Ramalho para comandar o time após a demissão de Luxa, parecia que o Palmeiras colocaria fim ao jejum de títulos brasileiros.
O time chegou a abrir cinco pontos na liderança para o segundo colocado São Paulo na 27ª rodada do campeonato. Mas, inexplicavelmente, caiu de produção nas rodadas seguintes. No final, acabou na quinta posição e fora da zona de classificação para a Libertadores.
Vexame no Pacaembu tira o time da final da Sul-Americana
Sem chances no Brasileiro de 2010, Luiz Felipe Scolari enxergou na Copa Sul-Americana uma chance de levantar mais um troféu internacional pelo Palmeiras. Com o apoio da torcida, o time alcançou as semifinais contra o Goiás.
No primeiro jogo, em Goiânia, vitória por 1 a 0 e vaga para a decisão encaminhada. Na volta, com grande festa da torcida que lotou o Pacaembu, parecia que o final seria feliz. Luan abriu o placar e praticamente selou a vaga. O time goiano, porém, não desistiu e conseguiu a virada e a vaga nos minutos finais do jogo.
Na triste noite, Luiz Felipe Scolari mandou a campo: Deola; Márcio Araújo, Danilo, Maurício Ramos e Gabriel Silva; Edinho, Marcos Assunção, Tinga (Ewerthon) e Lincoln (Dinei); Kleber e Luan.
O segundo rebaixamento
A história que marcou o segundo rebaixamento palmeirense à segunda divisão nacional, em 2012, repete os capítulos da primeira dez anos antes: trocas de comando, direção perdida e jogadores sem nenhuma confiança em campo.
Apesar do improvável título da Copa do Brasil, o desempenho no Campeonato Brasileiro foi terrível: 9 vitórias, 7 empates, 22 derrotas e a 18ª colocação. Felipão, demitido durante a campanha, deu lugar a Gilson Kleina. O fim da história, porém, foi de mais um vexame alviverde.
O time que foi a campo no empate diante do Flamengo (1 a 1) em Volta Redonda, no jogo que confirmou o segundo rebaixamento, foi: Bruno; Artur (Obina), Maurício Ramos, Román e Juninho; Márcio Araújo, Corrêa, Tiago Real (Vinícius) e Mazinho (Bruno Dybal); Maykon Leite e Barcos. Técnico: Gilson Kleina.
Baile em Mirassol
Assim como no primeiro rebaixamento, o Palmeiras renovou o elenco para a disputa da temporada seguinte. Em 2013, sem dinheiro em caixa e com muitos jogadores vindos da base, o time sofreu no Paulistão.
Na 15ª rodada, o alviverde visitou o Mirassol, no interior de São Paulo, e o resultado foi mais um vexame: goleada impiedosa dos mandantes por 6 a 2.
Foram a campo na fatídica noite de 27 de março de 2013: Prass; Weldinho (Ayrton), André Luiz, Marcos Vinicius e Juninho; Márcio Araújo, Léo Gago (João Denoni), Charles (Ronny) e Wesley; Leandro e Caio Mancha. Técnico: Gilson Kleina.
Centenário sofrido
O ano de 2014 foi do centenário do Palmeiras. Mas nem mesmo as festividades e a inauguração do Allianz Parque fizeram da temporada menos turbulenta. Foram quatro treinadores (Gilson Kleina, Alberto Valentim, Ricardo Gareca e Dorival Junior), péssimo futebol em campo e mais uma pífia campanha no Campeonato Brasileiro com 11 vitórias, sete empates, 20 derrotas e a 16ª colocação.
O rebaixamento em pleno ano festivo – e somente um ano após retornar à primeira divisão – só não veio por uma combinação de resultados na derradeira rodada. No final, alívio palmeirense em mais um triste episódio.
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