Jornalista cria ação que pretende ser continua por meio de leilões virtuais
A pandemia do coronavírus vem mexendo com o mundo do esporte: atletas, clubes e jornalistas buscam alternativas para ajudar quem mais precisa nessa luta contra esse inimigo comum. Um desses mobilizados é o jornalista Ricardo Setyon.
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Com a experiência de quem já trabalhou para as rádios Capital, Record, Transamérica, TV e rádio Bandeirantes, na cobertura de futebol, ele resolveu arregaçar as mangas e criar a campanha #OléNoCorona, que está para ser lançada.
“A ideia veio amadurecendo nos últimos anos, e com a pandemia me trouxe o gatilho que eu precisava: como jornalista apreciei e observei como no começo da epidemia, na Europa e nos Estados Unidos vários atletas ajudavam e se moviam para trazer algum tipo de conforto aos mais necessitados.”, explica, inicialmente, Ricardo com exclusividade ao Torcedores.
Grandes apoiadores da iniciativa foram os capitães do penta e do tetracampeonato, Cafu e Dunga.
“No início, nosso foco foi em capitães da seleção, campeões do mundo. E aí, já marcamos um golaço por que, tanto Dunga, como Cafu, foram solícitos e são parte ativa de nossa campanha. Para que você tem ideia: o Cafu ajuda tanta gente, que até quando ele sai às vezes, a noite distribuir comida a pessoas necessitadas, ele se interessa e nos aconselha em nossa campanha. Quanto ao Dunga, é difícil colocar em palavras: ele doou mais de 40 toneladas de alimentos arrecadados por ele e alguns companheiros do futebol dele, no Rio Grande do Sul.”, continua Ricardo.
Além dos capitães campeões do mundo, jogadores e ex jogadores como Formiga, Zico, Pepe (ex-Santos) e Rogerio Ceni, dispuseram alguns itens particulares a serem leiloados para auxiliar na compra de fraldas geriátricas para asilos e muitos outros itens de necessidade básica. Os artigos serão leiloados por meio de um site que está em desenvolvimento.
Veja alguns dos itens que vão para o leilão virtual com exclusividade
“A segunda vertente da campanha é arrecadar fundos através do sistema de leilões virtuais para continuarmos, a médio prazo, ajudando algumas poucas entidades, mas prestando auxílio de maneira eficiente, com valores que sejam modestos, contudo, de uma maneira continua.”, explica o jornalista.
Inicialmente, apenas entidades da cidade de São Paulo serão beneficiadas, mas não estão descartadas ajuda a outros pontos do Brasil.
Campanha sem prazo fixo de realização
Um dos grandes diferenciais da campanha #OléNoCorona, segundo Setyon, é que a mobilização possa abraçar outras causas como a fome e se tornar algo permanente.
A ONG Instituto Brilhante, criado pela jornalista esportiva Mariah De Moraes, cuidará da parte de gerenciamento e logística das doações. A ação também tem a parceria da Federação Paulista de Futebol.
“(Nossa missão é) dar de volta ao futebol. Recebemos tanto deste esporte, crescemos, vivemos experiências, nos enriquecermos de todas as formas, vivemos a bola de uma maneira incrível. Por isso, somos privilegiados aqueles que pudemos passado tantas aventuras e alegrias.”, conta entusiasmado.
O jornalista que trabalhou como coordenador de comunicação da FIFA nas Copas do Mundo de 1998 e 2002, ainda faz um apelo aos colegas de profissão.
“Aos jornalistas, na minha opinião, não cabe somente divulgar essa campanha e sim participar ativamente. Um por um, vou falar com amigos, e pessoas que conheço na mídia esportiva, para chama-los e fazer uma lista longa e importante de gente que trabalha com o futebol na mídia para que colaborem com itens, doações e obviamente, na divulgação ampla dessa nossa campanha.”, encerra.
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