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Home Futebol Pelé, Ronaldo, Garrincha, Romário e mais: confira 12 jogadores considerados “lendas” na história da seleção brasileira

Pelé, Ronaldo, Garrincha, Romário e mais: confira 12 jogadores considerados “lendas” na história da seleção brasileira

Adriano Oliveira
Sou colaborador do Torcedores.com desde 2018, com mais de 3.600 textos publicados, porém escrevo sobre futebol há quase 20 anos. Mas é claro que a paixão por este esporte começou bem antes disso. Hoje, aos 52 anos de idade, o futebol ainda me faz sentir a mesma coisa que eu sentia aos 10.

Entre tantos ídolos geniais que passaram pela única seleção pentacampeã mundial, o Torcedores listou 12 “grandes lendas”

A seleção mais vitoriosa da história do futebol, a única a participar de todas as edições da Copa do Mundo, a primeira tetracampeã e também a única pentacampeã mundial, que conquistou todos os troféus fora de casa. Nenhuma outra seleção no planeta possui uma trajetória tão repleta de ídolos como a do Brasil e o Torcedores listou 12 craques da bola considerados “lendas”, que tão bem representaram a tradicional camisa canarinho nos campos do mundo inteiro.

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A seleção brasileira venceu todas as edições da Copa América que disputou em seu território. As três conquistas do Brasil aconteceram em 1919, 1922 e 1989. Erguer o troféu em 2019 significou uma grande oportunidade de manter seu retrospecto impecável nesta situação

 

São muitos nomes importantes que desfilaram puro talento pela seleção brasileira em toda a história. Mesmo diante de uma verdadeira constelação de craques, confira abaixo 12 “lendas” do futebol, ídolos consagrados e idolatrados pelos torcedores, que ajudaram a costurar as cinco estrelas acima do escudo da camisa mais vencedora do esporte bretão.

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Jairzinho, o “Furacão”

Jairzinho, o "Furacão da Copa" (Reprodução/ YouTube)

Reprodução/ YouTube

O único jogador da história do futebol a marcar gols em todos os jogos de uma edição de Copa do Mundo. Ganhou o apelido de “Furacão da Copa” por ter sido um dos principais destaques na campanha do tricampeonato no Mundial do México em 1970.

Jairzinho começou a carreira nas categorias de base do Botafogo, onde estreou profissionalmente em 1959 e permaneceu por 15 temporadas antes de se transferir para o Olympique de Marselha, da França. Disputou 413 partidas e conquistou 13 títulos pelo clube carioca. Na seleção brasileira, foram 102 jogos, com 73 vitórias e 42 gols marcados. Atuou em três Copas do Mundo: na Inglaterra em 1966, no México em 1970 e na Alemanha em 1974.

Rivellino e sua “patada atômica”

Roberto Rivellino (Reprodução/ Site oficial da FPF-Federação Paulista de Futebol

Reprodução/ Site oficial da FPF (Federação Paulista de Futebol)

Mais um nome marcado na história do futebol, o meia cerebral do time que conquistou o tricampeonato mundial no México em 1970. Roberto Rivellino é o terceiro jogador que mais vezes vestiu a camisa da seleção brasileira, entrando em campo em 122 oportunidades e assinalando 43 gols.

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Herdou do futebol de salão a incrível capacidade de driblar em espaços reduzidos (sendo apontado como o inventor do “elástico”) e seu potente chute com a perna esquerda lhe rendeu o apelido de “patada atômica”. É ídolo de duas grandes torcidas: do Corinthians, onde foi revelado e jogou como profissional por nove anos, e do Fluminense, atuando por quatro temporadas e fazendo parte do time que ficou conhecido por “Máquina Tricolor” nos anos 70.

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Carlos Alberto, o “Capita”

Divulgação/ Reprodução/ Site oficial da CBF

Divulgação/ CBF (Confederação Brasileira de Futebol)

O líder e capitão da seleção brasileira na conquista do tricampeonato na Copa do Mundo do México em 1970. A imagem de seu beijo no troféu, seguido por um largo sorriso e depois o erguendo ao alto ficou imortalizada na memória dos torcedores.

Carlos Alberto Torres é considerado o maior lateral-direito de todos os tempos. Entrou em campo 68 vezes com a camisa canarinho e anotou nove gols, um deles o antológico e último da histórica goleada do Brasil por 4 x 1 diante da Itália, no jogo que decidiu a Copa de 1970. Também fez parte do brilhante time do Santos de Pelé e companhia na década de 60, onde conquistou vários títulos e se tornou um dos grandes ídolos da torcida. Faleceu em outubro de 2016 aos 72 anos.

Nilton Santos, a “Enciclopédia”

Nilton Santos (Reprodução)

Reprodução

Um verdadeiro craque, muito acima do seu tempo, que revolucionou o modo de jogar do lateral-esquerdo e, sem dúvida, um dos grandes nomes do futebol mundial. A “Enciclopédia”, como Nilton Santos era chamado, disputou quatro Copas do Mundo e foi campeão na Suécia (em 1958) e no Chile (em 1962), sendo um dos jogadores que mais vestiu a camisa da seleção brasileira com 86 jogos e quatro gols.

Como titular, só perdeu uma única vez com a camisa canarinho, diante da Hungria por 4 x 2 pelas quartas de final da Copa do Mundo realizada na Suíça, em 1954. Dedicou toda sua carreira ao Botafogo, onde foi revelado e atuou por 723 partidas, se tornando, ao lado de Garrincha, uma das “lendas imortais” do clube carioca. Faleceu em novembro de 2013 aos 88 anos.

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Ronaldo, o “Fenômeno”

Foto: Fifa/ Reprodução/ Site oficial da CBF

Divulgação/ CBF

Ronaldo Luís Nazário de Lima é um dos maiores jogadores da história da seleção brasileira e o protagonista na campanha do pentacampeonato mundial conquistado na Copa da Ásia em 2002. Foi o camisa 9 da equipe canarinho em 105 partidas e balançou as redes 67 vezes, duas delas na final contra a Alemanha há 18 anos.

As arrancadas em velocidade, o domínio da bola, a precisão nas finalizações e os dribles desconcertantes lhe valeram um lugar cativo na galeria das “lendas” do futebol.  Também marcou seu nome na história de todos os clubes onde jogou e ganhou o apelido de “Fenômeno” da imprensa italiana durante sua passagem pela Inter de Milão.

É ainda o maior artilheiro do Brasil em Mundiais com 15 gols e conquistou duas Copas do Mundo (em 1994 nos Estados Unidos e 2002 na Ásia), duas vezes a Copa América (em 1997 e 1998) e uma Copa das Confederações (em 1997). Símbolo de superação, Ronaldo foi eleito três vezes pela Fifa (Federação Internacional de Futebol) o melhor jogador do mundo, nas temporadas de 1996, 1997 e 2002.

Leônidas da Silva, o “Diamante Negro”

Leônidas da Silva, o "Diamante Negro" (Divulgação/ Acervo da CBF)

Divulgação/ Acervo da CBF

O primeiro jogador brasileiro a ser o artilheiro de uma Copa do Mundo. Em 1938, na França, o “Diamante Negro”, como era chamado pelos torcedores, assinalou sete gols em cinco jogos e terminou o torneio como o maior goleador isolado. Eleito o melhor atleta da competição, é considerado o primeiro grande “astro” da seleção brasileira ou, para muitos, o “Pelé antes de Pelé”.

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Ídolo de flamenguistas e são-paulinos, Leônidas também foi um dos grandes responsáveis pela popularização do futebol no Brasil, na época em que o esporte caminhava da era amadora para a profissional. Bastante habilidoso, foi o inventor da bicicleta, um dos gols mais admirados e que retrata o máximo sincronismo entre movimento corporal e arremate.

Jogou 37 vezes vestindo a camisa da seleção brasileira e marcou 37 gols, o que lhe confere a sensacional média de um tento por partida. Defendendo o Brasil, conquistou a Copa Rio Branco em 1932 e a Copa Roca de 1945. Faleceu em janeiro de 2004 aos 90 anos.

Garrincha, o “Anjo das Pernas Tortas”

Mané Garrincha, o "Anjo das Pernas Tortas" (Reprodução)

Reprodução

Poucos jogadores possuem tamanha identificação entre sua seleção e torcida. Manuel Francisco dos Santos, bem mais conhecido por Mané Garrincha, é unanimidade como “lenda” da seleção brasileira e do futebol mundial.

Rápido e habilidoso ao extremo, é considerado o melhor ponta-direita e o maior driblador da história. Defendeu a seleção por dez anos e conquistou as Copas do Mundo da Suécia em 1958 e do Chile em 1962, esta última como o grande destaque do time, principalmente após a contusão de Pelé. Neste período, foram 60 jogos com 52 vitórias e 17 gols marcados.

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O “Anjo das Pernas Tortas” é o maior ídolo da história do Botafogo, clube pelo qual começou a carreira como profissional e atuou entre 1953 e 1965, com 612 partidas disputadas e 245 gols, além de muitos títulos conquistados. Faleceu em janeiro de 1983 aos 49 anos.

Zagallo, o “Velho Lobo”

Mário Jorge Lobo Zagallo (Fotos: Reprodução/ Montagem: Adriano Oliveira)

Fotos: Reprodução/ Montagem: Adriano Oliveira

É praticamente impossível falar o nome de Mário Jorge Lobo Zagallo sem rapidamente associá-lo à seleção brasileira. O “Velho Lobo” ou “Senhor Seleção” é simplesmente o maior vencedor da história das Copas do Mundo.

Entrou em campo 36 vezes com a camisa canarinho e anotou seis gols. Foi bicampeão mundial nas Copas da Suécia (1958) e do Chile (1962) como jogador e na beira do campo como treinador em 1970 no México, além de ocupar a função de auxiliar de Carlos Alberto Parreira em 1994 nos Estados Unidos. Também dirigiu a seleção nos Mundiais de 1974 na Alemanha e de 1998 na França. Ao todo, Zagallo chegou à cinco decisões em sete edições de Copa do Mundo. Uma “lenda” verde e amarela.

Montou e foi o comandante do brilhante time que conquistou o tricampeonato mundial em 1970, considerado o melhor de todos os tempos. Sua inteligência mudou para sempre o conceito de futebol e, somado aos talentos de jogadores geniais como Pelé, Rivellino, Tostão, Jairzinho, Gérson e Carlos Alberto Torres, entre outros, encantou o mundo.

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Revelado pelo América, do Rio de Janeiro, também defendeu as cores de Flamengo e Botafogo, ganhando inúmeros títulos pelos dois times cariocas na fase de ouro do futebol no Brasil. Como treinador, trabalhou ainda em vários clubes do Brasil e nas seleções do Kuwait, da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes, ganhando dezenas de troféus.

Romário, o “Gênio da Grande Área”

Romário (Divulgação)

Divulgação

Na partida festiva entre Brasil e Itália, que reviveu a final da Copa do Mundo de 1994 nos Estados Unidos, realizada em janeiro deste ano no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, o baixinho Romário ficou em campo durante os 70 minutos de jogo e foi o ídolo mais ovacionado pela torcida.

Um dos maiores atacantes do futebol mundial, Romário disputou 70 jogos com a camisa canarinho e assinalou 55 gols, o quarto maior artilheiro. Conquistou os títulos da Copa América de 1989 e 1997, da Copa das Confederações em 1997 e da Copa do Mundo dos Estados Unidos em 1994 como o grande destaque daquela equipe ao lado de Bebeto.

Seus dois gols na emblemática e decisiva vitória do Brasil por 2 x 0 sobre o Uruguai, em setembro de 1993 no estádio do Maracanã, pelas Eliminatórias do Mundial do ano seguinte, estão imortalizados na história da seleção brasileira e ficarão para sempre na memória dos amantes do futebol bem jogado.

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Gylmar, o “Goleiro Maior”

Gylmar dos Santos Neves (Divulgação/ Acervo da CBF)

Divulgação/ Acervo da CBF

Gylmar dos Santos Neves foi uma das grandes “lendas” do futebol brasileiro. Imponente e quase intransponível debaixo das traves, sagrou-se bicampeão mundial com a seleção nas Copas do Mundo da Suécia e do Chile, em 1958 e 1962 respectivamente, além de mais 11 títulos. Disputou 102 partidas pelo Brasil e comemorou 72 vitórias, entre 1953 e 1969.

Revelado pelo Jabaquara, da Baixada Santista, se tornou ídolo de Corinthians e Santos. Pelo time do Parque São Jorge, conquistou inúmeros troféus em dez temporadas, sendo apontado como o maior goleiro da história do clube. Na Vila Belmiro, atuou de 1962 a 1969 e fez parte do lendário time de Zito, Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe, e foi bicampeão da Copa Libertadores da América e bicampeão mundial, entre vários outros títulos. Faleceu em agosto de 2013 aos 83 anos.

Didi, o “eterno maestro”

Didi (Divulgação/ Site oficial da CBF)

Divulgação/ CBF

Waldir Pereira, o Didi. Um apelido simples que contrasta com o requinte e a grandiosidade do seu futebol. Dono de uma elegância e classe incomparáveis com a bola nos pés, o “eterno maestro” abrilhantou a história da seleção brasileira com 75 partidas disputadas e 21 gols marcados.

Seu toque de bola preciso e a visão de jogo sempre apurada ditavam o ritmo de jogo de toda a equipe. Didi participou de três Copas do Mundo, sendo bicampeão em 1958 e 1962. Entrou em campo 15 vezes em Mundiais, com 11 vitórias, três empates e apenas uma derrota. Foi eleito o melhor jogador da Copa de 1958 na Suécia e por conta disso passou a ser chamado de “Mr. Football”.

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Seu estilo dentro das quatro linhas era tão refinado que o lendário meia foi o inventor da “folha seca”, um jeito de bater na bola que tornava a trajetória da finalização quase imprevisível, igual ao movimento de uma folha seca caindo no chão. Ídolo de clubes como Botafogo, São Paulo e Real Madrid, da Espanha, Didi faleceu em maio de 2001 aos 72 anos.

Pelé, o maior de todos os tempos

Pelé (Reprodução)

Reprodução

Edson Arantes do Nascimento nasceu na cidade mineira de Três Corações em 23 de outubro de 1940 e recebeu esse nome em homenagem ao inventor e cientista norte-americano Thomas Edison. Porém, ficou mundialmente conhecido como Pelé, considerado o maior jogador de futebol de todos os tempos. Conquistou três dos cinco títulos mundiais do Brasil, em 1958 na Suécia, em 1962 no Chile e no México em 1970.

Pelo Brasil, o Rei do Futebol entrou em campo 92 vezes e marcou 77 gols. É também o jogador mais jovem a ter disputado uma final de Mundial (aos 17 anos em 1958), a ter marcado numa decisão e a balançar as redes numa Copa do Mundo.

Seu gol diante da Suécia, na Copa de 1958, quando deu um chapéu no defensor adversário antes de finalizar sem deixar a bola cair, foi eleito pelos torcedores em pesquisa do site “GloboEsporte.com” como o mais bonito da história da seleção brasileira.

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Jogando ao lado de Garrincha, o Brasil jamais perdeu uma partida. A lendária dupla disputou 40 jogos, sendo 36 vitórias e quatro empates. Juntos, marcaram 55 gols com a camisa canarinho.

Pelé é a maior “lenda” da história do Santos, clube pelo qual foi revelado e atuou por 1.116 partidas com 1.091 gols, conquistando inúmeros títulos. Foi ainda nomeado em 1981 o “Atleta do Século”, em votação realizada pelo jornal francês “L’Equipe” com jornalistas das 20 mais importantes publicações esportivas do mundo.

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