Cruz-maltino registrou seu maior público no jogo de abertura do seu estádio
Classificado como um alçapão pelos adversários, o Estádio São Januário é um dos grande patrimônios na história centenária do Vasco. No último dia 21 de abril, o tradicional palco do futebol nacional completou 93 anos de existência, e por conta da pandemia do coronavírus, não pôde festejar com o seu proprietário e a torcida cruz-maltina.
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São Januário é símbolo de luta e união entre os torcedores do Vasco. A construção do palco só foi possível por conta de uma iniciativa do Gigante da Colina com sócios e torcedores. Na época, 6.600 barris de cimentos e 252 toneladas de ferro foram compradas para a execução da obra.
O JOGO INAUGURAL
O debute de São Januário se deu no dia 21 de abril de 1927. O adversário do Gigante da Colina foi o Santos, que começava a vivenciar o seu auge no futebol. Antes da bola rolar no gramado, ocorreram várias solenidades. Responsável por realizar a travessia Lisboa-Rio no comando do hidroavião Argos, o aviado português Sarmento de Beires, foi o encarregado de cortar a fita simbólica da inauguração.
Em campo, o Santos acabou levando a melhor pelo placar de 5 a 3. O tento inaugural de São Januário foi anotado por Evangelista, do Santos, que precisou de apenas 20 minutos para cravar o seu nome na história do estádio. O triunfo dos paulistas ainda foi complementado com tentos anotados por Feitiço, Omar, Araken Patuska, e outro de Evangelista. Os gols dos donos da casa foram marcados por Negrito, Bahiano e Paschoal.
Naquela oportunidade, 40 mil expectadores estiveram presentes no estádio, registrando assim o maior público do futebol brasileiro até então.
Menos de um ano depois do jogo inaugural, São Januário ganhou os refletores. No dia 31 de março, o Gigante da Colina superou o Wanderers, do Uruguai, em partida amistosa, que marcou não só a inauguração da iluminação, como também a conclusão da curva das arquibancadas. Naquela época, o palco era o único que realizava jogos no período noturno.