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Futebol brasileiro: 7 vezes que o racismo esteve nos holofotes

Futebol do Brasil já teve jogadores, ex-jogadores e ex-árbitros sendo ofendidos

Octávio Almeida Jr
Jornalista graduado pela Universidade da Amazônia (UNAMA), 29 anos. Repórter de campo pela Rádio Unama FM em duas finais de Campeonato Paraense (anos 2016 e 2017). Repórter no site Torcedores.com desde 2018.

Futebol do Brasil já teve jogadores, ex-jogadores e ex-árbitros sendo ofendidos

O combate ao racismo voltou mobilizar pessoas de diferentes regiões do planeta após a recente morte de George Floyd, cidadão negro que foi asfixiado por um policial, nos Estados Unidos. A injúria racial, entretanto, é um fato social que também marca presença no futebol brasileiro. O Torcedores relembra sete casos que ocorreram nos últimos anos.

1- Clube é eliminado após ofensas de torcedores

O primeiro caso de racismo no futebol brasileiro da lista ocorreu em 2014. Grêmio e Santos entraram em campo pelas oitavas de final da Copa do Brasil.

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Após o time paulista fazer 2 a 0, alguns torcedores do time gaúcho começaram a proferir ofensas racistas em direção ao goleiro Aranha; outros, imitaram macacos. Revoltado, o jogador santista abandonou a meta e o jogo foi, temporariamente, paralisado.

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Dias depois, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) aplicou duas punições ao Imortal: eliminação na Copa do Brasil e multa de R$ 50.000,00.

2- Enquanto trabalhava, segurança de estádio foi vítima de injúria racial

O segundo facto é mais recente. Ocorreu em novembro de 2019. No estádio Mineirão, Cruzeiro e Atlético-MG duelaram, em jogo válido pela 32ª rodada do Brasileirão.

A partida, entretanto, foi marcada por muita pancadaria nas arquibancadas. Um cidadão vestido com a camisa do Atlético discutiu com um segurança e disparou: “olha a sua cor!”.

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3- Ex-jogador é ofendido, acaba expulso e vai à delegacia

Em 2005, o São Paulo derrotou o Quilmes por 3 a 1, em jogo válido pela Libertadores. A partida, contudo, ficou marcada pela expulsão de Grafite, então atacante do Tricolor.

O ex-jogador colocou a mão no rosto de Desábato, após ser ofendido. Depois do jogo, Grafite foi à delegacia e prestou queixa contra o adversário.

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“Quando morei na Alemanha, eu vi um engajamento todo o tempo, praticamente todos os dias, diferente do que vemos no Brasil”, comparou Grafite, no programa Bem Amigos da última segunda-feira (1).

4- Desentendimento em campo resulta em cusparada e delegacia

O quarto caso de injúria racial envolve outros dois clubes do futebol brasileiro. Em 2010, Palmeiras e Athletico Paranaense duelaram pela Copa do Brasil. Jogador do time paulista na época, Danilo cuspiu em Manoel e ainda chamou o adversário de “macaco”.

Após o jogo, Manoel prestou queixa na delegacia. Danilo assumiu o ato e foi condenado, em primeira instância, em 2012. De acordo com o jornal Gazeta do Povo, a pena foi de 500 salários mínimos (equivalente a 339 mil reais).

5- Tricampeão mundial xinga árbitro

O próximo caso da lista é o mais antigo. Em 2005, Paysandu e Flamengo se enfrentaram no estádio Mangueirão, em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro.

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Tricampeão mundial na Copa do Mundo 1970, o então técnico do time paraense, Carlos Alberto Torres, foi expulso. Insatisfeito, proferiu ofensas racistas ao árbitro Paulo César de Oliveira, hoje comentarista de arbitragem do Grupo Globo.

“Esse fato repercutiu bastante. Infelizmente essa ofensa acabou vindo de outro negro. Isso realmente me machucou bastante”, disse Oliveira, em novembro de 2019, no programa Redação SporTV.

6- Sons de macaco a cada toque na bola

Em 2014, o Cruzeiro viajou até o Peru a fim de enfrentar o Real Garcilaso, pela Libertadores. Após substituir Ricardo Goulart no segundo tempo, o meio-campista Tinga foi vítima de injúria racial. A cada vez que ele tocava na bola, alguns torcedores imitaram macacos.

7 – Árbitro encontra bananas no carro e relata ofensas

O último ato de racismo no futebol brasileiro envolve outro ex-árbitro: Márcio Chagas da Silva. Após o jogo Esportivo x Veranópolis, válido pelo Gauchão 2014, ele encontrou bananas no carro. Além disso, relatou que foi ofendido.

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“Logo que eu entrei já escutei manifestações racistas por parte de torcedores do Esportivo. Comuniquei ao policiamento”, disse na época, em entrevista ao site globoesporte.

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