Como estão os estádios de Minas Gerais durante a paralisação?
Sem jogos e eventos, Mineirão e Independência acumulam prejuízos durante a pandemia
Sem jogos e eventos, Mineirão e Independência acumulam prejuízos durante a pandemia
A crise econômica ocasionada pelo Coronavírus deve atingir todos os setores da sociedades, inclusive estádios de futebol. Em Minas Gerais, os problemas vão muito além da perda de receitas dos jogos. Dessa forma, os gestores dos dois principais estádios mineiros fazem o possível para conseguir se readaptar a nova realidade.
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Atualmente, o Mineirão ainda conta com um repasse de aproximadamente R$ 8 milhões do governo do estado. Vale mencionar que até o ano passado, o estádio injetou cerca de R$ 660 milhões na economia da cidade. Desses 660 milhões, 487 foi arrecadado em jogos e 173 em eventos.
No entanto, mesmo com os altos valores, a empresa responsável pelo estádio terá que se readequar. Inclusive, a empresa tinha vários planos para esse ano e chegou a firmar alguns contratos. Entretanto, teve que cancelá-los devido a pandemia do Coronavírus. Vale mencionar que alguns serviços forma renegociados.
Entre os eventos que já estavam programados para esse ano e foram cancelados, estava uma apresentação do banda Metallica. No entanto, o show conseguiu ser reagendado para o fim do ano, já que os ingressos estavam praticamente esgotados. A Minas Arena, empresa responsável pelo estádio vem realizando um projeto de lives para conseguir arrecadar alguma verba. Inclusive, o primeiro grupo a se apresentar foi o Skank. Além disso, a empresa também anunciou que aproveitou a paralisação para realizar algumas manutenções e reparos na estrutura.
Por outro lado, o Independência tem uma situação muito mais preocupante. A administradora Luarenas teve que suspender o contrato de 20 funcionários que trabalham na empresa por três meses. Essa medida teve base na medida provisória 936 sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com a empresa que administra o estádio, o Independência gera um custo operacional de R$ 400 mil mensais. Dessa forma, com a pandemia, o prejuízo ficou acima de R$ 250 mil mensais. Portanto, a administradora somente manteve os serviços básicos do Horto, como manutenção do gramado, tecnologia e funcionamento do sistema de geradores. Além disso, diferentemente do Mineirão, o estádio não recebeu repasse do governo.
As coisas podem piorar caso os jogos voltem sem público nos estádios. Isso se explica pelo fato de que os clubes brasileiros dependem muito da bilheteria e sócio-torcedor. Dessa forma, se esses valores forem cortados, a situação pode ficar realmente complicada.
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