Home Futebol Cicinho x Atlético-MG: polêmicas, processos e trocas de farpas; entenda a história

Cicinho x Atlético-MG: polêmicas, processos e trocas de farpas; entenda a história

Cido Vieira
Cido Vieira é um jornalista graduado no Centro Universitário Uninter que trabalha como redator no Torcedores.com desde 2017, com cobertura focada em futebol brasileiro e mídia esportiva. Acumula dentro de sua trajetória na profissão experiência na área radiofônica, sendo setorista de clubes pernambucanos, cobrindo Brasileirão e Copa do Nordeste.

Ex-atleta e Galo resgataram polêmica do passado nesta semana com troca de declarações fortes

Aposentado dos gramados desde 2018, o ex-lateral Cicinho deu uma entrevista ao canal do Jorge Nicola, no Youtube, que acabou dando o que falar. Na entrevista com o jornalista da ESPN, o ex-jogador relembrou sua saída turbulenta do Atlético-MG e disparou que não sente nenhum carinho pelo clube alvinegro, que defendeu no início de sua carreira no futebol.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Siga o Torcedores no Facebook para acompanhar as melhores notícias de futebol, games e outros esportes

“No ano passado, eu perdi uma ação para o Clube Atlético-MG. Tinha uma cláusula que eu tinha que ter notificado se fosse sair do clube. Tive que pagar R$ 3 milhões. Nunca ganhei dinheiro nenhum do Atlético, só para que o torcedor entenda. Tudo o que ganhei lá em quase três anos, tive que pagar agora para que não penhorassem alguns bens meus”, revelou Cicinho.

A declaração do ex-jogador não foi recebida pelos dirigentes do Galo. Através de seu Twitter, o vice-presidente do clube mineiro, Lásaro Cândido rebateu o jogador.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

“Cicinho jogou aqui até 2003 e conseguiu na Justiça a liberação. Só que ele e o Atlético tinham contrato com a Axial, uma empresa de São Paulo, que tinha 50% dos direitos econômicos do jogador. A empresa processou os dois e ambos foram condenados, em 2016, num valor em torno de R$ 18 milhões”, disse o dirigente nas redes sociais.

SAÍDA TURBULENTA

Cicinho chegou ao Atlético no início dos anos 2000, vindo como jogador de base contratado junto ao Botafogo-SP, na época ele tinha 20 anos. Neste período, o lateral chegou a ser emprestado ao Botafogo, posteriormente retornou ao Galo, mas uma série de desentendimentos culminaram em sua saída.

PUBLICIDADE

Insatisfeito, o jogador entrou na justiça contra o Galo pela falta de pagamentos de salário e fundo de garantia. Inicialmente, ele ganhou o caso e rumou para o São Paulo, onde deslanchou de vez na carreira.

PUBLICIDADE

Contudo, o caso ainda iria render bastante. Isto porque, a Axial, empresa que tinha 50% dos direitos de Cicinho entrou na justiça contra o atleta e o clube mineiro para garantir seus direitos. Após julgamento, o lateral e o Galo foram condenados a desembolsar R$ 18 milhões pela quebra de contrato.

Na versão do Atlético, o clube conseguiu recorrer e chegar a um acordo para reduzir o montante para R$ 9 milhões.

“Temos um advogado, o Raul Ribeiro, que representou o Atlético, e nós coordenamos uma tentativa de composição, conseguimos com a Axial um valor que era mais de R$ 18 milhões reduzido para R$ 9 milhões. Mas o Cicinho não participou desse acordo”.

Posteriormente, o Galo acionou a justiça contra o jogador e ganhou o processo. Segundo o vice do Atlético, o jogador foi condenado a pagar R$ 10 milhões, mas o clube fez um acordo parecido ao realizado com a Axial e reduziu o montante.

PUBLICIDADE

“O Atlético processou. O valor da dívida dele, do pacote, pouco mais de R$ 10 milhões. Oferecemos para ele uma oportunidade. Fizemos o mesmo desconto que a empresa fez para o Atlético, e ele pagou para o Atlético R$ 3,2 milhões”, afirmou o dirigente.

“E deve agradecer ao Atlético, porque o Atlético facilitou a vida dele, foi lá na empresa, fez acordo e depois negociou com ele em condições excepcionais. O advogado, na época, o Raul Ribeiro, obviamente recebeu seus honorários, porque ele atuou corretamente”, completou.

LEIA MAIS:

Better Collective