Apesar da passagem curta como técnico do São Paulo, Rogério Ceni já dava mostras sobre o estilo de jogo que gostaria de implantar. No Fortaleza, o perfil ofensivo do ex-goleiro ficou mais nítido. A começar pelo gol, quando pediu a contratação de Felipe Alves, que além de defender a meta também atua como uma espécie de líbero. Em campo, os resultados falam por si só: campeão da Série B, Estadual e Copa do Nordeste. Em 2019, já na elite do futebol nacional, o nono lugar e a vaga inédita em um torneio internacional.
Em entrevista ao blog do jornalista Mauro Cezar Pereira, no UOL Esporte, Rogério Ceni faz uma análise sobre o estágio técnico e tático do futebol praticado no Brasil.
“Depende do clube, se começar analisando por um Flamengo, um Santos do Sampaoli, que, acredito, funcionará no Atlético Mineiro. Tem o Palmeiras, pelo elenco que possui, mas a tendência é que a gente aprenda com os treinadores que vêm de fora. Claro que a situação financeira, caso do Flamengo que é o grande exemplo de qualidade e condições financeiras. E ainda mais agora, com cinco substituições. Mas também é preciso ter a ousadia do treinador, de querer jogar para a frente”.
Apesar de uma realidade financeira diferente no Fortaleza e, consequentemente um leque menor de qualidade no elenco, Ceni não admite ‘jogar por uma bola’.
“No Fortaleza não tenho condições para jogar de igual para igual. Então tenho que fazer o que é o contraponto. Ficar lá atrás somente me defendendo eu não quero, de jeito nenhum, não me presto a esse serviço. Mas posso usar a velocidade, o toque de bola. Tanto que no jogo aqui no Castelão, ano passado, jogamos com apenas três titulares e o Flamengo nos ganhou no último minuto da partida”, lembra.
Jogar fechado para “defender emprego”? Jamais
“Eu não preciso, graças a Deus. Obtive relativo sucesso como atleta e em lugar algum irei trabalhar para defender o emprego, mas para ter prazer no meu trabalho. Fui goleiro e trabalhei lá atrás por muito tempo. Posso afirmar que é muito mais divertido jogar lá na frente. Jogamos ofensivamente muitas vezes aqui, com até quatro velocistas, jogadores que tenham essa percepção. Na minha visão, não tenha a qualidade de posse de bola que diante de alguns times vou encontrar. Mas o desequilíbrio e a velocidade podem me ajudar. Tento ir no contraponto dos times com maior capacidade financeira”, concluiu Ceni.
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