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Casagrande lamenta preconceito que sofre por ser dependente químico: “sei o tamanho da dor que eu tenho”

Comentarista fez relato comovente durante programa do SporTV

Por Matheus Camargo em 08/06/2020 14:08 - Atualizado há 9 meses

Reprodução/SporTV

Comentarista fez relato comovente durante programa do SporTV

O comentarista e ex-jogador Walter Casagrande Junior fez relato comovente sobre sua situação como dependente químico durante participação no programa Troca de Passes, do SporTV, no último domingo (7).

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O ídolo do Corinthians falava sobre as manifestações contra o racismo nos Estados Unidos e evitou comparar sua situação com outras lutas, mas revelou o quanto sofre por sua situação de dependente químico.

“Eu sofri preconceito, e sofro ainda, porque sou dependente químico. É uma classe que não tem respeito. Chamam de viciado, drogado, vagabundo, e você tem que ouvir e seguir em frente. Eu aprendi a seguir em frente”, disse o comentarista do Grupo Globo, que revelou que sua primeira Copa do Mundo totalmente “limpo” foi em 2018.

“Eu não sei como é a dor de um negro quando sofre racismo, mas eu sei como é a dor de um cara que é dependente químico, que luta todos os dias para não recair, e é chamado de drogado, viciado e vagabundo. Eu sei o tamanho da dor que eu tenho. Então, eu respeito muito o tamanho da dor das outras pessoas.”

Casagrande viveu problemas com drogas desde a carreira profissional até quando se tornou comentarista de TV. Chegou a ser afastado da emissora carioca para tratamento de sua dependência.

“A minha dor de ser dependente químico e ser chamado de vagabundo é muito grande, que passa pelo meu coração e vai direto na minha alma. Acho que deve ser uma dor parecida a do racismo. A dor de um ato racista fere a alma de um negro.”

O comentarista, que como jogador passou ainda por São Paulo, Flamengo, Torino, Porto, entre outros clubes, pediu o fim da violência contra minorias.

“Eu sou um cara que veio da periferia, e meus pais me ensinaram a ter respeito por todas as pessoas, independentemente de qualquer diferença. Eu cresci dessa maneira e sou desse jeito”, disse Casagrande.

“A sociedade não aguenta mais a violência, a opressão, o racismo, a homofobia, feminicídio. A sociedade não quer mais isso. O mundo não quer mais um joelho no pescoço. O mundo quer respirar. A nossa sociedade quer respirar. Todo mundo quer respirar. Este joelho no pescoço do George Floyd é um joelho no pescoço do mundo.”

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