Atacante brilhou pelo clube em 2013, mas atualmente vive situação diferente
O atacante Flávio Caça-Rato foi um dos personagens mais folclóricos do futebol brasileiro no início da década e brilhou pelo Santa Cruz, tendo conquistado dois títulos pernambucanos e o Brasileirão Série C, quando atingiu o ápice.
Siga o Torcedores no Facebook para acompanhar as melhores notícias de futebol, games e outros esportes
https://www.facebook.com/TorcedoresOficial
[DUGOUT dugout_id=eyJrZXkiOiJFYTE1dmlNaiIsInAiOiJ0b3JjZWRvcmVzIiwicGwiOiIifQ==]
Marcou o gol do aceso do clube e o gol do título na decisão contra o Sampaio Corrêa, o que lhe deu lugar especial no coração dos torcedores da Cobra Coral.
Infância sofrida, drama e caminho até o ápice
O jogador cresceu em uma das periferias mais violentas do Recife e por pouco não entrou no mundo do crime.
Ganhou o apelido ainda criança após se especializar em caçar ratos com um estilingue, o que levou amigos a o chamarem de “caça-rato”.
Mas Flávio sofreu nas mãos do pai, que era alcoólatra, e quase morreu pelas mãos do mesmo. O então pré-adolescente foi enforcado e acabou salvo por um tio que passou por sua casa no momento do ataque do pai.
Anos depois Flávio inicio a carreira profissional e fez base no Sport. Se profissionalizou em 2005 e rodou por América-RN, Timbaúba e se destacou na modesta Cabense. Em 2010 fez bom campeonato estadual pelo clube e chamou a atenção das principais equipes do Pernambuco, mas viveu um drama.
O atacante levou dois tiros na saída de uma boate ficou um mês hospitalizado.
Caça-Rato, porém, voltou a jogar poucas semanas depois e foi contratado pelo Santa Cruz. Foram quatro anos de clube e o ápice da carreira, chamando a atenção de equipes de fora do estado.
Início da decadência
Caça-Rato passou a viver problemas de indisciplina no Santa Cruz e em 2014 deixou o clube, mas para voltar à Série C. Foi para o Remo, mas não agradou. Depois viveu sua aventura no eixo Rio-São Paulo e passou pelo Guarani, mas logo foi dispensado.
O atleta então começou a rodar desde 2017 e passou por clubes como Duque de Caxias, Tupi, América-PE, Vitória da Conquista, Colo-Colo-BA e Trindade-GO até chegar ao Decisão-PE, da Série A-2 do Campeonato Pernambucano.
Disputou a competição pelo clube em 2019, conquistou o acesso, mas não teve seu contrato renovado.
E agora?
Caça-Rato está sem clube desde outubro do ano passado e tenta se recolocar no mercado. O atacante não conseguiu um time para jogar durante os estaduais e em entrevista recente ao Globoesporte.com admitiu que vive alguma dificuldade.
“É a realidade do mundo todo. Está sendo muito complicado, porque não jogo desde o ano passado. Isso pesa. Mas ainda tenho de onde tirar. O pouco que resta, do que eu juntei, ainda tenho como sobreviver. Mas é difícil”, disse o atleta, que revelou problemas para conseguir qualquer trabalho durante a pandemia do novo coronavírus.
O atleta, porém, disse que “tem conversas” e que pretende voltar ao futebol em 2020.
Leia mais:
9 vezes em que um jogador marcou dois gols ou mais em finais vencidas pela Seleção Brasileira