Ex-presidente do Verdão também defendeu uma mudança estatutária no Palmeiras
Presidente do Palmeiras entre 2009 e 2010, Luiz Gonzaga Belluzzo apontou a existência de um iminente conflito de interesses nos bastidores do Palmeiras. A opinião tem como base a presença de Leila Pereira. Ela é conselheira do clube e possível candidata à presidência do Verdão nas próximas eleições. Além disso, a empresária é responsável por gerir os principais patrocinadores do Palmeiras.
“Eu vejo sim. Vejo sim e acho que essa é uma questão muito importante que nós devemos levar em conta”, iniciou Belluzzo, em entrevista concedida ao programa Os Donos da Bola desta quarta-feira (3).
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“Conversando com ela, eu já disse que isso é uma coisa que deve ser levada em conta. Porque como nós temos esse projeto de profissionalizar o clube e deixar entregue a instituições que possam coordenar e amparar as divergências do clube. Eu sou a favor, por exemplo, que se crie um conselho de administração”, acrescentou.
“Eu acho isso importante na próxima eleição, até pra prevenir que esse conflito de interesses se manifeste. É muito importante que a gente tenha uma mudança estatutária que transforme o Conselho de Orientação e Fiscalização, mas que é muito politizado”, prosseguiu Belluzzo.
Um dos possíveis cenários para as próximas eleições do Verdão é uma disputa direta entre Leila Pereira e Paulo Nobre, que foi presidente do Palmeiras entre 2013 e 2016.
Na opinião de Belluzzo, a presença de Nobre não tiraria a vitória de Leila Pereira. “Acho que é muito difícil ela perder”, finalizou.
Veja a seguir outros assuntos da entrevista concedida por Belluzzo:
Maurício Galliote, atual presidente do Palmeiras – “Eu tenho grande respeito pelo Maurício. É uma pessoa tranquila, conciliadora, respeitadora. Tá levando o Palmeiras numa situação de calmaria eterna. É um rapaz muito qualificado. Ele pacificou o Palmeiras e pacificar um clube é uma tarefa que não é pra qualquer um”.
Personificação de decisões no futebol, Mustafá Contursi e Arena Palmeiras – “A gente precisa saber a hora de sair das coisas. Se você insiste em ficar, e isso é um defeito dos clubes brasileiros, você gosta do negócio e quer ficar. Isso, na verdade, vicia as decisões. Acaba personalizando as decisões e é muito ruim isso. E num clube de futebol, essa personalização das decisões é uma das coisas mais nefastas. Vou dar o exemplo da Arena. O Mustafá foi contra. Ficou contrariado com o êxito do contrato da Arena. Em todas as reuniões que havia discussões, ele ficava contra. E eu não sei direito porque. É simplesmente porque é um conflito de personalidades. Na verdade, por várias razões: não gostava de mim. Mas eu, por exemplo, mesmo se não gostasse dele, se ele apresentasse um projeto como esse eu apoiaria. Porque você tem que pensar na comunidade e não ficar exercendo essas idiossincrasias pessoais”
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