Astro do Chelsea negociou com cinco clubes brasileiros, tinha sonho de jogar no país, mas nunca fechou contrato
Malouda ficou próximo de defender Santos e Vasco, além de ter sido oferecido a outros três clubes
Mike Hewitt/Getty Images
Malouda ficou próximo de defender Santos e Vasco, além de ter sido oferecido a outros três clubes
O meia Florent Malouda, campeão da Champions League pelo Chelsea e vice-campeão mundial pela França em 2006, quase encerrou a carreira do Brasil, mas os altos salários e a idade elevada atrapalharam as negociações.
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Desde que estava no Chelsea, em 2011, o francês, que é casado com uma brasileira e nascido na Guiana Francesa, país vizinho ao Brasil, já dizia que gostaria de atuar em solo nacional.
“Eu me sinto brasileiro. Minha esposa é brasileira, os meus filhos são meio brasileiros e meus sogros também são”, disse o então atleta do clube inglês ao Le Parisien, da França.
“Guiana e Brasil são muito similares. Há uma mistura de culturas na Guiana com uma forte comunidade brasileira. Quando eu era pequeno sonhava em jogar no Brasil e por um clube brasileiro. Tendo crescido na Guiana, a França era muito longe e pensei que teria maiores chances de sucesso por lá”, admitiu na época.
Empresários começaram a oferecer o jogador a clubes brasileiros, que estavam em outra época de investimentos e poderiam fazer “loucuras” e tentar absorvê-las com marketing.
O primeiro clube a receber a oferta pelo francês foi o Palmeiras, em 2012, mas o técnico Luiz Felipe Scolari não gostou da ideia e negou o jogador.
O Santos foi o segundo e teve o maior interesse em Malouda, que ainda em 2012 seria campeão da Liga dos Campeões pelo Chelsea. O então presidente Luís Alvaro de Oliveira Ribeiro admitiu que as negociações estavam em andamento e o francês chegou a procurar apartamentos no litoral paulista.
Após longas conversas e altas pedidas, porém, o Peixe desistiu. “Conversei com um intermediário dele e a pedida era de R$ 500 mil mensais mais luvas e a transferência. Não se encaixava no nosso orçamento”, disse na época o presidente.
Ainda no início de 2012 outro clube tentou a contratação de Malouda. Com Juninho Pernambucano como intermediário, Malouda abriu conversas com o Vasco. O atleta se animou, o clube se interessou, mas o valor voltou a desagradar.
“Eu tive contato com ele por telefone em janeiro, eu queria ele viesse para o Vasco. Houve contatos, o clube estava muito interessado, mas infelizmente não foi possível por razões financeiras”, disse Juninho à ESPN na época.
O jogador era dado como certo no futebol brasileiro em 2013, já que era seu último semestre com atleta do Chelsea. O outro clube que procurou Malouda para tê-lo em janeiro foi o Atlético-MG, segundo informações da época, mas o procurador do atleta no Brasil, o ex-zagueiro Claudio Caçapa, negou qualquer negócio com o Galo. No entanto, confirmou o desejo de atuar em solo nacional.
“Possibilidade tem porque o contrato dele está terminando, em junho. Ele não quer ficar, o clube não quer renovar. Ele vai sair. É certo, é fato. A possibilidade, se tiver um clube brasileiro interessado, existe”, disse ao Superesportes na época.
Nada foi fechado e Malouda surpreendeu ao assinar com o Trabzonspor, da Turquia. O meia teve bom desempenho e marcou sete gols em 29 jogos. No ano seguinte voltou à França para defender o Metz, da primeira divisão.
Foi então que uma nova chance de jogar no Brasil chegou. Intermediários do atleta abriram conversar com o Cruzeiro e o agente do meia, então com 35 anos, tentou forçar o negócio. A diretoria atual bicampeã brasileira não aceitou os valores e o negócio não fechou.
Malouda então foi para a Índia e passou pelo futebol de Luxemburgo antes de encerrar a carreira aos 38 anos.
