Williams tem sucessivos balanços negativos e coloca estrutura da empresa à venda
Uma das mais bonitas histórias do automobilismo mundial pode estar chegando ao fim. Isso, porque a Williams anunciou na manhã dessa sexta-feira, 29 de maio, que está colocando os ativos da empresa no mercado, a procura de um comprador. A fábrica inglesa também informou o encerramento do contrato de patrocínio master com a ROKiT, multinacional chinesa, de maneira imediata.
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“O conselho da WGPH (Williams Grand Prix Holding) está realizando uma revisão de todas as várias opções estratégicas disponíveis para a companhia. As opções que estão sendo consideradas incluem, entre outras, a captação de novo capital para os negócios, a alienação de uma participação minoritária no WGPH ou a alienação de uma participação majoritária no WGPH, incluindo uma venda potencial de toda a empresa”, informa o comunicado oficial do grupo.
A Williams registrou queda de receita considerável: dos £ 176,5 milhões (R$ 1,17 bilhão) registrados em 2018 para £ 160,2 milhões (R$ 1,06 bilhão) no ano passado. Só a escuderia de F1 caiu de £ 130,7 milhões (R$ 870,1 milhões) em 2018 para £ 95,4 milhões (R$ 635,1 milhões) no ano passado, com prejuízo total de £ 10,1 milhões (R$ 67,2 milhões), na comparação com o lucro acumulado de £ 16 milhões (R$ 106 milhões) em 2018.
“Ainda é muito cedo para traçar hipóteses sobre do que pode ou não ser chamada a equipe. Acho que a família Williams certamente vai querer ver o nome Williams na F1. Isso não significa que essa equipe não vai seguir competindo nos próximos anos. Isso, para nós, é garantir o futuro da nossa equipe e garantir um futuro de sucesso para a geração de investimentos internos”, disse Claire, filha de Frank Williams.
Fundada em 1977 por Frank Williams e Patrick Head, a equipe é a terceira maior vencedora da Fórmula 1 com 114 triunfos, atrás da Ferrari, com 238 triunfos; e da McLaren, com 182. São nove títulos mundiais de construtores e sete de pilotos.
Uma curiosidade: a Williams é a equipe que mais abrigou brasileiros na história do país na F1. Foram seis, os pilotos que sentaram em um cockpit de Groove: Nelson Piquet (1986-87), Ayrton Senna (1994), Antonio Pizzonia (2004-2005), Bruno Senna (2012), Rubens Barrichello (2010-2011) e Felipe Massa (2014-2017).
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