Você sabia? Casagrande foi pioneiro na quebra da tradição de chuteiras pretas no Brasil
Casão sofreu algumas críticas por se diferenciar dos demais atletas que usam a habitual chuteira preta
No cenário atual do futebol mundial, as chuteiras coloridas são unanimidade entre os atletas. O “arco-íris” nos pés dos jogadores é algo inevitável diante de um mercado tão acirrado entre as marcas que mergulharam fundo na moda. Mas nem sempre foi assim. No Brasil, a exemplo de outros países, o preto das chuteiras ditou o padrão por anos – “símbolo” de seriedade dentro das quatro linhas. Contudo, na década de 1980, Walter Casagrande resolveu quebrar o protocolo, e adotou a chuteira branca como ferramenta de trabalho, causando grande furor.
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Ao invés da tradicional cor preta, Casão defendia o Corinthians utilizando a cor branca como predileta. A iniciativa, que o distinguia dos demais foi vista por uma tônica totalmente distinta entre jogadores e amantes do futebol na época, que interpretaram que o centroavante alvinegro queria provocar, se colocando como status de superioridade.
A moda acabou não emplacando. Mal sabia aqueles jogadores e críticos, que anos mais tarde o preto não seria substituído pelo branco, mas sim por um verdadeiro cenário multicolorido de chuteiras, lançadas pelos principais fornecedores de material esportivo, se tornando um tendência até os dias atuais.
No livro “Sócrates & Casagrande – Uma história de amor”, Casão revelou que acabou comprando a chuteira do zagueiro uruguaio Daniel González, após o modelo ficar folgado no pés do “béquer”.
“Cazón, eu o escolhi porque acho que você é o único aqui que teria cara de pau para usá-la. Quer comprar?”, indagou o jogador uruguaio. O maior interesse de Casagrande no calçado não foi na explicitamente na cor e sim no fato do modelo ter travas mais baixas. Segundo o ex-jogador, as chuteiras brancas foram motivos de muitas críticas e de alguns elogios pela sua “coragem” de calcá-las em um cenário onde o futebol era tão tradicional