Vice do Atlético-MG detalha papo com Kalil e teme futuro do clube
Lásaro explica teor da conversa que aconteceu no início do ano
Bruno Cantini/CAM
Lásaro explica teor da conversa que aconteceu no início do ano
Nos últimos dias, à ESPN Brasil, o ex-presidente do Atlético, Alexandre Kalil, deu fortes declarações a respeito das eleições do clube, que acontece no final deste ano. O atual prefeito de Belo Horizonte disse que não quer participar da política do Galo.
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“Eu não sei o que acontece com o Atlético. Eu não vou lá. Eles foram atrás de mim. Foi o vice-presidente, Lásaro Cândido, quem foi atrás de mim. Eu falei com ele que não quero saber de Atlético, eu não vou na eleição, não adianta. Não fui votar na última eleição”, explicou Kalil.
Para à rádio Super 91.7 FM, Lásaro deu detalhes sobre a conversa que teve com ex-mandatário alvinegro. O dirigente admitia certo temor que um ‘aventureiro’ possa assumir a cadeira presidencial do Atlético.
“Eu tenho a liberdade neste momento, já que não estou postulando a absolutamente nada, de conversar com os colegas. E tenho visto que a temperatura está subindo um pouco. Futebol e política, uma faísca é fogo, sabe. Nessa última vez que eu fui lá, deve ter uns dois, três meses, falei com o Alexandre que estava encerrando minha participação no Atlético, estou fechando o ano. E aí, para a minha surpresa, ele disse para mim: ‘e eu também, não vou mexer mais com o Atlético’. E eu perguntei, ‘você não vai?’. Ele me disse: ‘não, não quero saber de Atlético’. Aí, eu falei ‘bom, se o Sérgio não se candidatar à reeleição, então pode aparecer um aventureiro e assumir o Atlético. Você tem consciência disso, né?’ Ele falou: ‘tenho sim’. Respondi de volta ‘tudo bem’. Já comecei a sair para ir embora”, afirma.
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“O Kalil então pediu para eu esperar, ter calma, e me lançou a seguinte indagação: ‘se você fosse escolher hoje, qual pessoa você acha que poderia concorrer?’. Eu falei: ‘se o Sérgio não for candidato à reeleição, ele está sinalizando que não será candidato (isso naquela oportunidade), eu acho que o nome seria o Castellar Filho, que na verdade é o pai’, O Kalil me perguntou de volta: ‘você acha que ele aceita?’. Respondi: ‘ele me disse que não aceita, mas eu acho que se conversar, ele aceita’. Saí de lá e logo após liguei para o Sérgio, narrei toda a história, ‘tive com o Alexandre, comuniquei que encerrei e tal’. Bom, estava tudo bem. Aí vazou a notícia de que o Castellar seria eventualmente candidato, e etc”, completa Lásaro.
Bastidores efervescentes
Os últimos posicionamentos de Sette Câmara e Kalil demonstram que a relação entre eles não é das melhores. Recentemente, a dívida do Atlético por Maicosuel gerou uma nova polêmica. Lásaro se vê na posição de apaziguar os ânimos.
“E aí, uma faísca de lá, uma faísca de cá. E eu acho, sabe, que o Atlético está em um momento de decisivo da sua história, que é o seguinte: primeiro é essa tragédia mundial que é essa pandemia; em segundo lugar, nós temos a grande expectativa de construir esse estádio e sermos auto-suficientes. A gente tem que conseguir desmontar uma bomba dali, apaga uma faísca de lá. Vou tentar e continuarei tentando (apaziguar as situações)”, concluiu Lásaro.
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