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Valdivia relembra saída do Palmeiras, fala de mágoa com Mattos e dispara contra ex-presidente: “Burro de verdade”

Valdivia falou ainda que se sentiu traído por Paulo Nobre e que vê um saldo positivo com a torcida do Palmeiras

Por Danielle Barbosa em 31/05/2020 08:52 - Atualizado há 3 anos

Valdivia falou ainda que se sentiu traído por Paulo Nobre e que vê um saldo positivo com a torcida do Palmeiras

O meia Valdivia participou do programa ‘Aqui com Benja’, do Fox Sports e relembrou sua conturbada saída do Palmeiras, no segundo semestre de 2015, justamente no ano em que o clube deu início ao processo de reconstrução com Alexandre Mattos e a chegada da Crefisa como patrocinadora. O ex-camisa 10 alviverde falou da relação com o dirigente, que atualmente está no Atlético-MG, e demonstrou chateação também com Paulo Nobre pela forma como a situação foi conduzida.

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“Acho que 90% da responsabilidade da minha saída é do Alexandre Mattos. Quando meu contrato estava para ser renovado, tem aquele negócio de produtividade. Fui muito claro, não tem problema se quiser fazer, mas vi muita coisa estranha, que eu não aceitava, porque achei que não era certo. Por exemplo, eu era jogador de seleção. Se eu ia (convocado), não iria receber salário. Ir para a seleção era um castigo. Eu senti isso. Além de ser o cara que ia para a seleção sendo jogador do Palmeiras, eu seria castigado. Perguntei e ele me disse: ‘Sim, sim, se for para a seleção, não vai receber. Achei injusto. A seleção é um prêmio, é a melhor coisa para um jogador, defender o seu país”, disse Valdivia.

“E tiveram outras coisas também. Ele falou para mim e com o tempo, descobri que não (era verdade). Quando o Barrios chegou… O esquema era esse: eles me mandarem embora e trazer um cara conhecido, rodado, para ele (Alexandre) sair na imprensa: ‘Eu trouxe o Lucas Barrios’. Ele disse para mim que não tinha interesse no Barrios, que não tinha ligado para ele, que não existiram reuniões. Quando o Barrios chegou, conversei com ele, que me disse que o Mattos tinha ido para o Chile na época da Copa América. Ele (Mattos) mentiu. Vi muita coisa estranha, fiquei muito sentido com o Paulo Nobre. Ele me separou, me deixou treinando separado do time. Achei que não era um trato legal para alguém que passou muitos anos no Palmeiras. Ele era o presidente, nós sofremos juntos. Me senti traído por ele, que não me escutou. Nesse momento, fiquei muito triste por causa dele. Eu tinha uma relação boa com ele, pelo fato dele me conhecer, eu conhecê-lo, me senti traído. Isso não tem nada a ver com a função de presidente. É um dos melhores que o Palmeiras teve até hoje, é muito palmeirense. Não tenho nada para falar da função de presidente, mas sim da outra. Me afastar, mandar ou decidir que eu ia treinar separado”, acrescentou.

CRÍTICAS A ARNALDO TIRONE:

Outro ex-dirigente criticado por Valdivia foi Arnaldo Tirone, que era o presidente do clube no ano segundo rebaixamento da equipe, em 2012. O meia chileno relembrou a ida à praia do mandatário no dia seguinte ao jogo que sacramentou a queda para a Série B.

“Outro que fez muito mal ao Palmeiras foi o Tirone. Eu nunca vou esquecer a foto dele na praia. A gente sofrendo uma pressão danada para não cair para a Série B e ele na praia. Na hora eu falei: esse cara é pior que eu, está mais louco que eu (risos). Esse era burro de verdade (risos) ”, disparou.

CARINHO DA TORCIDA:

Valdivia falou ainda sobre sua relação com a torcida do Palmeiras, lembra que ficou no clube para a disputa da Série B e acredita que os torcedores têm mais carinho e respeito do que ódio por ele. “Meu saldo no Palmeiras é positivo. A torcida tem um carinho, tem respeito. Eu fiquei no time em um momento difícil.”

“Teve jogadores que saíram, treinadores que saíram. E eu fiquei. Eu conversei com o Marcos na época sobre o que fazer. E ele me disse que disputar a Série B me levaria para outra categoria com a torcida. E é verdade. O Prass também ficou para a disputa. Agora a gente vê campo bom, jogadores bons, comida boa. Eu também queria. Qualquer jogador iria querer. Difícil era jogar na outra fase, quando tinha que ganhar para não cair de novo para Série B. A gente caiu, subiu, e em 2014 teve isso. No fim das contas, acho que o torcedor tem mais carinho e respeito que ódio”, completou.

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