Prestes a estrear no UFC, Phillipe Lins elogia Arlovski: “Uma lenda”
Prestes a estrear no octógono, Phillipe Lins falou com exclusividade ao Torcedores.com
Prestes a estrear no octógono, Phillipe Lins falou com exclusividade ao Torcedores.com
A pandemia do coronavírus adiou, mas não cancelou, a estreia do brasileiro Phillipe Lins no octógono do UFC. O lutador potiguar inicia sua trajetória no maior evento de MMA do mundo nesta quarta-feira (12), quando enfrenta o bielorrusso Andrei Arlovski, que já foi campeão peso-pesado do Ultimate.
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Natural de Natal, capital do Rio Grande do Norte, Phillipe Lins iniciou no MMA em 2005, quando nocauteou Maurílio de Souza da Silva no Mossoró Fight. Na carreira do potiguar são 14 vitórias (oito nocautes e quatro finalizações) contra apenas três derrotas.
Apesar do bom retrospecto, Phillipe passou por momentos difíceis no MMA. Em 2014 foi derrotado por Kelly Anundson. Na sequência foram outras duas derrotas em três lutas. Os revezes culminaram em sua dispensa do Bellator que, segundo o próprio lutador, foi o momento mais difícil de sua carreira.
A resposta veio em 2018, na Professional Fighters League (PFL). O potiguar fez sua estreia na categoria dos pesados com um nocaute sobre Alex Nicholson. Depois, venceu Caio Alencar, Jared Rosholf (ex-UFC) e Josh Copeland para se consagrar como campeão peso-pesado da PFL 2018. A volta por cima fez com que Phillipe fosse contratado pelo UFC e sua estreia será nesta quarta.
Confira a entrevista de Phillipe Lins para o Torcedores.com.
Torcedores: O que te levou a praticar artes marciais mistas no “país do futebol”?
Phillipe Lins: Eu sempre assisti muito filme de luta quando era mais novo, um dos filmes era “O Grande Dragão Branco. Acho que assisti esse filme umas dez vezes e logo depois quando jovem comecei a ver lutas de MMA em VHS e comecei a acreditar que eu podia ser um lutador como eles. Então comecei a treinar jiu-jitsu e boxe e depois de uns dois anos fiz minha estreia no MMA.
Torcedores: E quem são seus ídolos no esporte?
PL: Os lutadores que marcaram muito minha carreira e me fizeram querer ser lutador foram: Marco Ruas, Pedro Rizzo, Rodrigo Minotauro, Wanderlei Silva, Vitor Belfort, entre outros.
Torcedores: Qual luta considera que foi a mais difícil (até aqui) de sua carreira?
PL: A final da PFL foi a luta mais difícil até o momento em minha carreira. Eram muitas coisas envolvidas: ser campeão mundial pela organização, a premiação em dinheiro, que foi um marco na história do MMA, minha esposa e filha foram comigo ver a luta pessoalmente pela primeira vez. Até então minha esposa só via pela TV ! Foram muitas emoções.
Torcedores: Qual impacto as derrotas no Bellator tiveram em sua carreira? Elas te ajudaram a chegar no UFC?
PL: Elas me fizeram mais forte e saber que eu precisava evoluir para alcançar meus objetivos e sonhos devido às dificuldades que passei. Me fizeram ser um lutador melhor buscar a evolução no esporte. E o UFC foi uma consequência disso, era um sonho mas hoje realidade.
Torcedores: Você foi campeão da PFL após ser dispensado pelo Bellator. Estava determinado a mostrar que erraram ao te cortar?
PL: Isso em 2017 fiz minha última luta no Bellator na qual eu perdi e eles me demitiram. Foi um momento difícil em minha carreira, momentos de incertezas, mas eu sempre acreditei que minha hora iria chegar. Ai tive a oportunidade de lutar na PFL em outra categoria, porque até então eu lutava 93kg e a oportunidade na PFL era lutar nos pesados, eu aceitei o desafio consegui colocar em prática minha estratégia nas lutas e consegui um ótimo resultado sendo campeão em 2018. Acho que foi importante o que aconteceu do Bellator porque eu consegui dar uma virada em minha carreira e mostrar, não só pra eles mas para todo mundo, que tudo é possível quando você acredita e trabalha duro pelo seu objetivo.
Torcedores: Qual a sensação de estrear no UFC contra um lutador que já teve pela frente nomes como Overeem, Fedor, Werdum entre outros?
PL: O Arlovski é uma lenda no esporte, um ex-campeão que já travou grandes combates, já enfrentou grandes nomes do esporte, é uma honra lutar contra ele!
Torcedores: Como está a preparação para a luta contra Andrei Arlovski? O surto do coronavírus atrapalhou a preparação?
PL: Estou me preparando super bem para o combate, quem me acompanha sabe que gosto de fazer lutas empolgantes. Sempre busco finalizar as lutas antes dos três rounds e, com todo respeito ao meu adversário, acredito que nessa luta não vai ser diferente!
Eu continuo meu treinamento forte apesar da pandemia de coronavírus ter fechado as academias. Eu praticamente estou treinando com meu coach e um parceiro de treino e estamos conseguindo treinar bem montar um estratégia certa pra essa luta.
Torcedores: Com 8 nocautes e 4 finalizações você se mostra um lutador completo. Qual é o ponto forte do seu jogo? O que acha que pode funcionar melhor contra Arlovski?
PL: Eu gosto muito da trocação e o Arlorvsk também. Acho que vai ser uma luta muito boa de ser ver, empolgante. E em algum momento da luta vou conseguir conectar um bom golpe e finalizar.
Torcedores: Quem são (na sua opinião) os principais contenders ao cinturão de Stipe Miocic?
PL: Acho que Stipe vai fazer a trilogia com Cormier. Ai tem o Francis Ngannou, tem o Curtys blades e tem eu (risos). Eu sei que tenho muito trabalho a fazer, mas meu objetivo é o cinturão!
Torcedores: Você ficou sem lutar entre 2006 e 2011, o que aconteceu neste período?
PL: Essa época foram momentos difíceis que passei na minha vida. Eu parei de lutar, fui terminar os estudos e passei por problemas pessoais, mas consegui superar tudo isso. Aquela chama acesa sempre permaneceu dentro de mim e em 2011 voltei aos treino e retomei minha carreira.
Torcedores: Se não fosse lutador, qual carreira teria seguido?
PL: Eu gostava muito de jogar futebol. Acho que teria tentado ser jogador.
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