Sette Câmara declarou recentemente que a dívida do Atlético beira os R$ 700 milhões
Nos últimos dias, o presidente do Atlético-MG, Sérgio Sette Câmara deixou o torcedor apreensivo ao revelar o total da dívida. O primeiro diagnóstico levantado pela Ernst & Young, referência no mercado de consultoria empresarial, trouxe números preocupantes.
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Em sua gestão, Sette Câmara ainda precisou acertar contas antigas. A última delas, por exemplo, refere a contratação de Maicosuel junto a Udinese, feita em 2014. Com a ajuda de parceiros, o Atlético efetuou o pagamento de R$ 13,4 milhões.
“Estou fazendo o possível para pagar as minhas contas e as atrasadas. Foram muitos os atletas que tivemos que pagar na Fifa nesses dois últimos anos, mais de R$ 60 milhões, mas você tem que somar, além disso, as dívidas com a [empresa] WRV, desde 2000, que veio cair no nosso colo e que só no ano passado pagamos R$ 14 milhões; uma dívida com a Globo, de 2015, de R$ 11 milhões”, disse em entrevista à Rádio Itatiaia.
Para compreender o cenário real do endividamento, Sette Câmara contratou uma empresa justamente para auditar as contas do clube. O dirigente quer respostas a respeito dos responsáveis em fazer o Atlético chegar a este ponto.
“A auditoria é para que a gente possa levantar o que aconteceu nas últimas décadas, para entender como chegamos a essa dívida de hoje, e vou fazer isso até o último dia do meu mandato. Saber quem teve responsabilidade com as contas do clube e quem não teve. E nesse aspecto estou muito tranquilo.”
Não vai ‘cruzeirar’
“O torcedor do Atlético pode saber que tem aqui um presidente que não vai levar o Galo ao ponto ao qual chegaram os nossos rivais, e o Atlético estava indo, não tenha dúvida nenhuma. Nós vimos aqui, por exemplo, que teve time que ganhou título e depois quebrou, e estamos vendo outros exemplos para o Brasil. Estou preparando o Atlético não é para ganhar um campeonato, nem estou preocupado em ganhar um campeonato. Estou preocupado em preparar o Atlético para ser um dos maiores clubes do Brasil. E, para isso, a gente precisa fazer uma mudança radical na organização do clube, com governança, controles, transparência”.
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