Jogador foi ídolo de Vasco e Corinthians e inovou no futebol brasileiro
O Barcelona sempre foi casa de vários craques e de jogadores reconhecidos mundialmente, mas nem sempre foi assim. A história do goleiro brasileiro Jaguaré Bezerra chama a atenção pela aleatoriedade e pelas curiosidades em sua passagem pelo clube catalão.
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Contratado pela equipe em 1931 logo após um amistoso do time espanhol contra o Vasco, resolveu ficar na Europa ao lado do atacante Fausto dos Santos.
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Na época, os jogadores estrangeiros não podiam disputar competições oficiais na Espanha, o que motivava a naturalização dos atletas.
Jaguaré ficou dois anos no Barcelona e se recusou a exercer a dupla cidadania, tendo disputado assim apenas amistosos e excursões pelo clube.
O goleiro, porém, ficou famoso por lá, especialmente por seu jeito diferente de agarrar. O site oficial do Vasco, clube de formação do jogador, tem uma página dedicada à memória de Jaguaré.
“O goleiro ficou marcado por jogadas marcantes e folclóricas”, aparece no perfil do clube.
Tinha uma mania que irritava vários adversários, que remete atualmente muito mais ao basquete do que ao futebol.
“Costumava rodar a bola na ponta do indicador após cada defesa, e em muitas das vezes o fazia com uma só mão, inclusive nos pênaltis, segundo alguns historiadores do futebol. Levantava a torcida em São Januário quando realizava uma defesa, e logo após jogava, de surpresa, a bola contra a cabeça do atacante adversário e a agarrava novamente.”
Jaguaré deixou o Barcelona e voltou ao Brasil para defender o Corinthians, mas logo voltou para a Europa, onde defendeu o Sporting, de Portugal, e o Olympique de Marselha, onde se tornou ídolo e frequenta o mural do clube. Foi campeão francês e da Copa da França antes de retornar a solo brasileiro.
O Barcelona só voltou ao ter um goleiro brasileiro em 2019, quando contratou Neto junto ao Valencia.
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