Mandatário do clube alviceleste, Ricardo Gluck Paul interagiu com torcedores nas redes sociais
Ao contrário do rival belenense, Clube do Remo, que já rescindiu o contrato de quatro jogadores em meio à pandemia do coronavírus, o Paysandu manteve até aqui todo o elenco formado, antes que o futebol brasileiro fosse paralisado por tempo indeterminado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Em transmissão realizada e publicada pelo Paysandu nesta quarta-feira (6), o presidente do time alviceleste, Ricardo Gluck Paul, revelou por quanto tempo o clube paraense tem condições de manter todo o elenco atual.
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“Não tá nos nossos planos cortar ninguém do elenco nesse momento. Não é esse o nosso objetivo, muito pelo contrário. Nosso plano foi esse: a gente conseguir fôlego pra segurar (o elenco) três meses. Foi o pior cenário que nós imaginamos”, iniciou Gluck Paul.
Elogios ao elenco
O presidente do Paysandu também elogiou o comportamento dos jogadores em meio às dificuldades financeiras do clube. Além disso, afirmou que ninguém pediu rescisão de contrato.
“Não tivemos, até agora, nenhum pedido de desligamento do grupo. Acho que o grupo, com essa pandemia inclusive, se uniu mais. Naturalmente que nós tivemos várias discussões. Assim, alto nível. Queria até agradecer, sem citar o nome”, declarou.
“Nós chegamos a fazer videoconferência, na verdade, com a executiva de futebol com os grupos, com a participação de 28 atletas. Quer dizer, quase a totalidade deles”, citou Gluck Paul.
“Tenho certeza que o grupo sai fortalecido nesse sentido porque a gente sabe, tem consciência que isso (a pandemia) não é um problema do Paysandu. Isso é um problema do futebol mundial. É um problema que não é só do futebol, é da sociedade, das empresas, de todos os seguimentos”, acrescentou.
Salários em dia
No fim de 2019, a diretoria do Paysandu admitiu em público que houve atrasos de salário, sobretudo no período de quase 50 dias sem jogos vivenciado até a disputa da final da Copa Verde, contra o Cuiabá. Aos poucos, o clube abate a dívida. Além disso, constrói um cenário diferente em 2020, nas palavras de Ricardo Gluck Paul.
“A gente dividiu a dívida de 2019 com o elenco e começou a pagar 2020. O que a gente prometeu? Que ia pagando 2020 e resquícios de 2019, até chegar um ponto que a gente parasse de dever”, explicou.
“Como a gente está hoje? A gente tá em com 2020 e um mínimo resquício, diria 5%, 6%, de 2019. Tem sido muito duro, não tá sendo fácil”, finalizou o presidente do Paysandu.
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