Fossati passa a limpo Inter de 2010 e detona medalhão do elenco: “Não sabia nada de tática, era ruim de grupo”
Técnico uruguaio Jorge Fossati passou a limpo a sua passagem pelo Inter no início de 2010
Técnico uruguaio Jorge Fossati passou a limpo a sua passagem pelo Inter no início de 2010
Demitido antes das semifinais da Libertadores de 2010, Jorge Fossati passou a limpo a sua passagem pelo Inter naquela temporada nesta segunda-feira, em entrevista ao canal Vozes do Gigante, no YouTube, onde detonou o ex-zagueiro Bolívar, hoje treinador do Vila Nova-GO.
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O uruguaio, que atualmente treina o River Plate-URU, não gostou de saber que, ao mesmo canal, recentemente, Bolívar avaliou que o Inter evoluiu a sua preparação física com a chegada da comissão técnica de Celso Roth, que substituiu Fossati antes dos jogos contra o São Paulo. Já com o novo comandante, o colorado bateu os paulistas e o Chivas antes de se tornar bi da América.
“Não concordo com alguém como Bolívar que não tinha, não sei hoje, naquele momento a mínima condição de discutir o treino. Ele não era treinador nem preparador físico. Se eu quiser dirigir o programa de vocês, vai dar confusão. Vocês que são os especialistas nisso. Então, Bolívar, faz o teu trabalho, meu filho. Não olha para o lado como sempre olhava procurando culpados. Essa é a verdade”, disparou.
Fossati diz que ex-zagueiro era influência negativa no elenco
Na sequência, o experiente treinador alega que Bolívar “não era bom de grupo” e que os próprios demais jogadores concordavam, mas, em respeito aos “códigos” do vestiário, evitavam o confronto.
“Não falo que era problema comigo. Quando eu digo que não tenho bom relacionamento com alguns jogadores, não é por problema comigo, se sou bom ou mau treinador, nem dou bola. Agora, se jogador fica sendo negativo para o grupo, vira meu inimigo. Ninguém vai mexer com o grupo por cima de mim. E ele não era positivo para o grupo. Entre os jogadores, há “códigos” e eu respeito muito isso. Tenho certeza do que falo, 90% dos outros jogadores, se não fossem esses códigos, eles também diriam que o Bolívar era negativo para o grupo. Entre outras coisas, porque ele achava que era mais que os companheiros, que tinha a voz mais forte entre os companheiros. Outros ali tinham a mesma experiência que ele, mas talvez não tinham o relacionamento especial com o Fernando (Carvalho, vice de futebol à época)”, destacou, para depois encerrar.
“Os boleiros não gostam de ter companheiros desse jeito. Os próprios companheiros rejeitam. O puxa-saco do diretor. Não falo diretamente do caso do Bolívar. Mas falo que quando um jogador tem muito relacionamento com o diretor, com papos por baixo da mesa, os demais jogadores identificam e não gostam. Falo no geral. De tática, de questão tática, o Bolívar não sabia nada”.
Curiosamente, Bolívar foi titular absoluto durante toda a trajetória de Fossati no Inter. Com Roth, ele se tornou capitão e levantou a taça do bicampeonato da Libertadores. O ex-zagueiro permaneceu no clube até o final de 2012. Depois, foi para o Botafogo.
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