Técnico uruguaio Jorge Fossati soltou o verbo em entrevista nesta segunda-feira ao canal Vozes do Gigante
Sem papas na língua, o técnico uruguaio Jorge Fossati passou a limpo a sua trajetória no Inter no ano de 2010 em entrevista concedida ao canal Vozes do Gigante, no YouTube. Além de ter detonado o ex-zagueiro Bolívar, ele lamentou ter sigo “ignorado” pelo clube após a conquista da Libertadores e fez elogios ao atacante Walter.
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Fossati, que atualmente treina 0 River Plate-URU, foi demitido antes da disputa da semifinal contra o São Paulo. Celso Roth assumiu o comando e levou o Inter ao bicampeonato da América.
“Vieram na minha casa me contratar (Fernando Carvalho e Vitorio Piffero, dirigentes da época) e só faltaram se ajoelhar pedindo a Libertadores. Eu não concordava, dizia que o Inter tinha outras competições e não deveria focar só em uma. Mas eles só queriam a Libertadores. Naquele ano, eu era o único treinador estrangeiro no Brasil. Será que não fui demitido para que um gringo não ganhasse? Não sei. Mas quando o Fernando foi na minha casa comunicar a demissão, eu fiquei surpreso. Nós sabíamos que não era verdade a justificativa”, destacou, antes de continuar:
“Falava que os resultados eram ruins, que precisavam melhorar, sendo que desde a pré-temporada em Bento Gonçalves só se falava em Libertadores. Estávamos na semi tendo passado pelo Banfield, campeão argentino e Estudiantes, atual campeão da América. Fiquei surpreso e muito chateado. Não quis falar nada na época e não quis ficar mais nenhum dia em Porto Alegre. Não queria contagiar com o meu nome de forma negativa o Inter”.
Fossati mantém carinho pelo atacante Walter
Titular na maioria dos jogos com Fossati, Walter viveu um 2010 polêmico com direito a “sumiço” dos treinamentos até se acertar novamente com o Inter. Ele foi decisivo na caminhada naquela Libertadores em gols marcados contra Cerro, Banfield e participação no gol salvador de Giuliano contra o Estudiantes, nas quartas.
Depois, foi vendido ao Porto e, assim como o técnico uruguaio, reclama de jamais ter sido lembrado ou recebido a medalha daquele título.
“O Walter só tinha um único problema. Ele mesmo. Mas era um jogador de coração puro, verdadeiro. Esse tipo de jogador a gente gosta e tem prazer de trabalhar. Não atrapalha em nada o grupo, apenas ele mesmo”, comentou o treinador.
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