O encontro realizado entre Bolsonaro e dirigentes de Flamengo e Vasco para discutir o retorno do futebol brasileiro gerou muitas críticas de torcedores, imprensa e profissionais da área
O encontro de membro do Flamengo e do Vasco com o presidente da República, Jair Bolsonaro, em Brasília, para discutir a possibilidade da volta do futebol brasileiro mesmo em meio à pandemia, segue sendo motivo de críticas. Em entrevista ao Fox Sports nesta quarta-feira (20), o ex-médico da seleção brasileira, Dr. José Luiz Runco, não poupou críticas a postura dos clubes cariocas.
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Runco chegou a fazer críticas duras a postura do médico do Flamengo, Márcio Tannure, e do presidente do Vasco, Alexandre Campello, que também é médico. “Acho que não tenho condições de julgar, deveria ser julgado pelos conselhos. Deveria ser julgado pelo Conselho Regional de Medicina, existe o Conselho Federal de Medicina.”
“O (Alexandre) Campello, apesar de médico, está na posição de um presidente de uma instituição. O outro rapaz (Márcio Tannure), que eu conheço um pouco, parece que está criando situações meio especulativas, não me parece que esteja centrado como um médico deveria estar. A palavra médico me marcou muito. Eu consegui muita coisa na minha vida como médico, numa época que a gente tinha muita dificuldade. E a gente sabe como a gente conseguiu resolver as coisas, e uma coisa é você ficar vendendo as coisas, elas acontecem naturalmente, não se vendem. Seu trabalho vai aparecer pela sua qualidade”, afirmou o ex-médico da seleção.
Runco ainda falou sobre o fato dos membros dos clubes, principalmente o médico do Flamengo, não cumprirem com algumas das recomendações básicas da Organização Mundial da Saúde (OMS), como o distanciamento e uso de máscara durante o encontro.
“Eu volto a te dizer: tem que ter a postura médica, falta postura médica. Postura médica não condiz com isso que você está comentando. Eu não estou aqui para julgar ninguém, não é minha característica. Eu acho que as pessoas que me ligam na medicina, nos conselhos, acharem que a coisa não é coerente, deve-se tomar as atitudes necessárias. Não sou eu que vou julgar. Eu não faria. Aliás, se eu estivesse envolvido em futebol, eu estaria tomando a atitude que poucos profissionais estão tomando. Eu perco meu emprego, mas não perco minha dignidade médica”, completou Runco.
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