Animal era usado como provocação rival
O Flamengo penou para os rivais cariocas nas décadas de 1950 e 1960 e viu, especialmente o Botafogo, dominar o Rio de Janeiro.
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Com isso, algumas provocações partiam das arquibancadas e tinham cunho ofensivo e muitas vezes racista, coisa que levou o próprio Rubro-Negro a tratar do pertencimento de seus torcedores.
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De origem mais pobre, os rubro-negros foram chamados de “urubus” pelos rivais e sentiram a brincadeira de mau gosto, que remetia aos negros e torcedores advindos da favela que torciam para o Flamengo.
Com isso, um grupo teve uma ideia que marcou para sempre o clube carioca.
Segundo relato da época, os torcedores Luiz Otávio Vaz, Romilson Meirelles e Victor Ellery resolveram dar um jeito nas provocações e tomaram para si o direito de admitirem o urubu como símbolo e mascote do Flamengo.
Os três decidiram capturarem uma ave da espécie em um aterro e guardarem o animal até o domingo, dia 31 de maio de 1969, quando o Flamengo enfrentaria o Botafogo pelo Campeonato Carioca.
A rivalidade entre os clubes era a maior do estado no período e os torcedores do Botafogo também provocavam os rubro-negros, então seria contra eles a resposta.
Os amigos então esconderam o urubu em uma bolsa – o que é pouco explicado até hoje – e entraram no Maracanã para acompanharem a partida. Amarraram uma bandeira do Flamengo na pata da ave e antes do apito inicial o soltaram em direção ao gramado.
Os torcedores do Flamengo aplaudiram ao urubu com a bandeira e começaram a gritar: “Ah, é urubu! Ah, é urubu!”. No fim da partida, para coroar, o Fla venceu por 2 a 1 as capas de todos os jornais estamparam a sorte que o urubu deu ao time rubro-negro.
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