De acordo com Andrei Kampff do blog ‘Lei em Campo’, quem encerrar o time feminino pode sim ficar de fora da próxima Libertadores
A pandemia do coronavírus tem feito estrago não só na saúde, como na economia do brasileiro. E no futebol não é diferente. Alguns clubes tem tomado medidas extremas, visando equilibrar seu financeiro, mas algumas dessas medidas podem afetar a parte desportiva da instituição. Como exemplo, temos times ameaçando encerrar seu time feminino para corte de gastos, fato que pode tirar uma vaga da Libertadores masculina.
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Como citado por Andrei Kampff em seu blog ‘Lei em Campo‘, a Conmebol tem um Regulamento de Licenciamento de Clubes, que cita alguns ‘pré-requisitos’ para que o time esteja apto para a disputar os principais campeonatos nacionais e internacionais. Entre eles, está exatamente ter um time feminino, ou se associar a um clube que o tenha. Além disso, deverá ser fornecida toda estrutura e equipamentos para a disputa da modalidade. O mesmo se aplica para as categorias de base feminina.
Exemplos no Brasil
Aqui no Brasil, o Atlético-MG foi o primeiro exemplo do citado acima, desativando as categorias de base de seu futebol feminino. A diretoria do clube se defendeu, dizendo que o regulamento em questão prevê apenas ‘incentivo ao desenvolvimento das categorias de base feminina’, e não cita tal obrigatoriedade.
Marcelo Machado, superintendente de administração e controle do Atlético, lamentou esse corte de gastos.
“O Atlético é hoje um clube que dá toda a estrutura para o futebol feminino. Tivemos cortes em todas as áreas. Com a pandemia, a base não teria mais campeonatos neste ano. Corta o nosso coração. Temos atletas promissoras [dispensadas] que nós vamos continuar monitorando.”
Já o Corinthians por exemplo, garantiu que não vai acabar com nenhuma categoria do futebol feminino.
“No atual cenário, em meio à grave crise instaurada pela pandemia de Covid-19 em todos os setores dentro e fora do futebol, o Departamento de Futebol Feminino monitora sistematicamente as variáveis da situação e acompanha de perto as definições quanto às competições. Assim, segue firme em seu compromisso com a manutenção integral da modalidade nos moldes em que se encontrava antes da paralisação do esporte“, afirmou o clube em nota.
Vale lembrar que, para evitar situações desse tipo, a CBF enviou cerca de R$ 4 milhões para os 52 clubes que disputam as Série A1 e A2 do Campeonato Brasileiro feminino. Os 16 times da Série A1 receberam cada um R$ 120 mil. Já os 36 times da Série A2 tiveram direito a R$ 50 mil cada.
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