CBF quer manter formato das duas competições femininas, mas com sede única
Entidade estuda alternativas para retomar as duas principais divisões da modalidade, que contam com 52 clubes
No dia 15 de Março, todas as competições disputadas e organizadas pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) foram paralisadas por tempo indeterminado por conta da pandemia do novo coronavírus. Agora, com a permissão do Ministério da Saúde, são estudadas alternativas para retomada dos Campeonatos Brasileiros Femininos A1 e A2.
A intenção da entidade é manter o formato conforme foi planejado no final do ano passado. Entretanto, pensa que por conta do tempo disponível, vê a possibilidade da volta com apenas uma sede única.
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“Estudamos vários cenários no momento. Não creio que teremos mudanças no formato, mas realizar os jogos em sedes únicas é também uma possibilidade. Neste momento, são estudos e projeções hipotéticas apenas. A intenção principal é mantermos as competições os formatos originais. Temos que aguardar as definições das autoridades competentes e a evolução da situação em cada estado”, declarou o supervisor do futebol feminino da CBF, Romeu de Castro ao GloboEsporte.com.
Ministério da Saúde autoriza CBF a retomar o futebol
O Ministério da Saúde autorizou o retorno do futebol, mas sugere que tenha a constante avaliação das atletas, comissões técnicas e funcionários dos clubes. Além de fazer uma ressalva ao protocolo enviado pela CBF. A disponibilização de testes rápidos pelo sistema de saúde encontra-se saturada para todas as pessoas.
A entidade monitora junto com os órgãos de saúde a situação da doença em cada estado, fazendo com que tenha a mudança de sedes. “As medidas de distanciamento e proteção vão ser equivalentes à situação do vírus e da pandemia em cada estado. A gente trabalha com um cenário que pode ser possível se jogar em algum estado e não ser possível se jogar em outro”, avalia Romeu Castro.
Situação dos campeonatos
A Série A1 não tinha finalizado a quinta rodada, ainda faltavam três jogos. Além de faltar ainda 10 jogos para acabar a primeira fase. A previsão de encerramento da primeira divisão era 13 de setembro com pausa no final de maio para a disputa dos Jogos Olímpicos, também adiados pelo Coronavírus.
Na questão da A2, a competição estava prevista para se encerrar em 5 de julho. Contudo não se teriam pausas, ela seria jogada de forma ininterrupta. Até a paralisação, o Campeonato Brasileiro havia começado, com apenas uma boa parte dos jogos realizados (16 dos 18 jogos da primeira rodada).
“Vamos retomar, em um momento da pandemia, muito próximo das fases decisivas da competição. Um campeonato mais longo, você talvez comece com maiores dificuldades, mas tem a situação de estar caminhando para a normalidade quando o campeonato estiver se afunilando”, encerrou Romeu Castro.
Competições de base da CBF
Ainda de acordo com Romeu Castro, as competições de base da CBF que estavam previstas (sub-18 em maio e sub-16 em julho), devem ter mudanças no formato. Tanto o sub-18 quanto o sub-15 vão para a sua segunda edição.
Na primeira edição o sub-18 contou com 24 equipes divididas em seis grupos com quatro times cada, o Internacional acabou se sagrando campeão. O sub-18 teve início em julho e se encerrou em outubro, com duração de três meses. O Internacional acabou se sagrando campeão.
Já no sub-16, a competição foi rápida e realizada em menos de duas semanas. O sub-16 ocorreu em dezembro do ano passado e contou com 12 equipes, divididas em três grupos. Ela teve sede única, neste caso, a competição ocorreu na capital de Minas Gerais, em Belo Horizonte, e teve o São Paulo como grande campeão.
“Apesar de ter uma média de público menor em vários estados dependemos dos aviões, restaurantes, hotéis , segurança, arbitragem, transporte terrestre, hospitais disponíveis. O delimitador mesmo é a questão dos serviços essenciais médicos e de segurnça”, finalizou Romeu Castro
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