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Atrasos e ajuda da CBF: presidente do Atlético-MG alerta futebol brasileiro

Apesar do corte nos salários, Atlético está em débito com jogadores, comissão técnica e funcionários

Eder Bahúte
Eder Bahúte integra o time do Torcedores.com desde 2016. Na cobertura esportiva, atua como redator e tem como foco principal o futebol brasileiro, internacional e mídia esportiva. Diplomado pela Universidade Paulista, o profissional acumula experiência em radiojornalismo e mídia impressa, além de participação em eventos da Copa do Mundo e Paulistão.

Apesar do corte nos salários, Atlético está em débito com jogadores, comissão técnica e funcionários

Com a paralisação do futebol e, consequentemente sem receitas disponíveis, o Atlético reduziu os salários em 25%. Mesmo com a medida, o clube encontra dificuldades em honrar os compromissos. O dinheiro utilizado para quitar a dívida de Maicosuel, contratação feita em 2014, prejudicou pagamentos internos.

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Em entrevista ao Blog do jornalista Mauro Cezar Pereira, do UOL Esporte, Sérgio Sette Câmara, presidente do Atlético, diz estar empenhado em pagar os atrasados, mas prevê um cenário bastante complexo sem as competições.

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“Estamos viabilizando o pagamento para os próximos dias. Mas inegavelmente, a permanecer essa situação de paralisação por mais um ou dois meses, os clubes terão muitos problemas. Todos! Até o fim do mês a intenção é colocar todos em dia”, explica.

Sobre os vencimentos de Jorge Sampaoli, Sette Câmara diz que também não estão em dia. “Estamos com atraso no pagamento de todos os funcionários. Mas nos esforçando para minimizar essa situação. Praticamente todos os clubes estão. E vai ficar pior. Se o futebol continuar sem receitas vamos todos para o buraco”, alerta.

Na visão do mandatário alvinegro, a CBF deveria oferecer um auxílio aos clubes. “Você não acha que a CBF poderia ao menos viabilizar uma linha de crédito para ajudar os clubes? Seria um empréstimo para ser pago em descontos no decorrer desse ano e 2021. Se algo não for feito, não tem milagre. Sem absolutamente nenhuma receita, os clubes do futebol brasileiro não conseguirão honrar pagamentos de todo gênero”, responde.

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“Não se trata de pedir um dinheiro. Mas viabilizar, para todos os clubes que solicitarem, uma linha de crédito. Banco nem governo irão fazer isso. Mas quem sabe CBF, com garantia de recebível Globo? Enfim, é apenas uma possibilidade”, concluiu Sette Câmara.

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