Adorado pelos colorados, ex-meia Andrezinho concedeu uma ótima entrevista ao Vozes do Gigante, no YouTube
Como um reserva de luxo, Andrezinho embarcava ao Mundial de 2010 com muitas expectativas de fazer a diferença a favor do Inter. Mas o fato de não ter saído do banco de reservas na fatídica derrota de 2×0 para o Mazembe, na semifinal daquele torneio, até hoje é algo difícil de ser entendido para o ex-meia.
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Em entrevista ao canal Vozes do Gigante, no YouTube, o antigo jogador colocou aquela derrota como a maior decepção em toda a carreira e admitiu ter ficado magoado com o técnico Celso Roth por não ter tido a chance de entrar na partida – ele viu toda a derrota do banco de reservas.
“Esse Mundial de 2010 foi o momento mais frustrante na minha carreira. Fiquei muito triste, cara. Assim que o Fossati saiu, eu estava em um momento muito bom. Tínhamos passado toda aquela fase da Libertadores e imaginei várias situações pro Mundial. Ninguém esperava aquele jogo do Mazembe. Deu tudo errado. Me frustrei pela eliminação, já que todos falavam que daria Inter contra Inter. Mas eu tenho uma frustração pessoal de não ter nem entrado, nem participado daquele jogo. Me senti desprestigiado”, disse, antes de completar:
“O momento pós-derrota vira um cemitério. Silêncio total. E eu sempre respeitei a hierarquia. A pessoa estando certa ou errada… eu sou comandado. Não cabia naquele momento eu questionar alguma coisa. Eu estaria sendo covarde ou tirando o meu da reta cobrando em um momento de tristeza. Mas fiquei muito triste por não ter jogado”.
Gol-saci sobre o Grêmio ficou na memória de Andrezinho – e de todos os colorados
Por uma entrada involuntária do então volante gremista Fábio Rochemback, Andrezinho sofreu uma fissura na perna faltando cerca de 20 minutos para o intervalo do Gre-Nal decisivo do Gauchão de 2011, no Olímpico. Incentivado pelos companheiros, resistiu e conseguiu ficar até o término do primeiro tempo.
E, como o autêntico mascote colorado saci, marcou o gol de 2×1 mesmo com “uma perna a menos” ajudando o Inter a, posteriormente, faturar aquela taça nas penalidades máximas.
“É marcante, cara. Depois do gol do Flamengo de falta, foi o mais marcante da minha carreira. De superação. Quando eu recebi a pancada do Rochemback, eu senti uma dor insuportável. A primeira coisa que veio na minha cabeça foi pedir substituição. Não conseguia correr. Eu tocava na fíbula e os dedos ficavam marcados. Fiquei crente que quebrei a perna. Faltava uns 15 minutos pro intervalo. Chegaram o Bolívar e o Guiñazu em mim: “Fica, cara. Tu é importante”. Isso me deu a confiança. Fui tão predestinado que, se eu não estou fissurado, eu iria bater o escanteio. Mas como eu já estava com muita dor, o Zé Roberto foi bater e eu fiquei no rebote. Acho que os jogadores do Grêmio viram que eu estava mal e nem foram no rebote. Eles não acreditaram que eu faria alguma coisa, viram que eu estava lesionado. Nem consegui comemorar, só me ajoelhei pra dar uma respirada (risos)”, destacou.
Andrezinho foi multicampeão pelo Inter. Além dos Gauchões de 2008, 2009 e 2011, ele venceu a Sul-Americana de 2008, a Suruga de 2009, Libertadores de 2010 e a Recopa Sul-Americana de 2011. Em 2012, acertou transferência ao Botafogo.
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